Eva Wilma participa de manifestação em bairro de São Paulo

Beatriz Amendola

Do UOL, em São Paulo

  • Marcos Ambrósio/AE

    A atriz Eva Wilma participa de manifestação em São Paulo que comemorou o tombamento do "Quarteirão Cultural", em São Paulo (21/3/2012)

    A atriz Eva Wilma participa de manifestação em São Paulo que comemorou o tombamento do "Quarteirão Cultural", em São Paulo (21/3/2012)

A atriz paulistana Eva Wilma, 78 anos, participou nesta quarta-feira (21) de uma manifestação que reuniu moradores do Itaim Bibi, em São Paulo. O motivo foi a defesa da área apelidada por “Quarteirão da Cultura”, que abriga diversas instituições como o Teatro Almeida Prado, uma biblioteca infantil, uma escola, creches e uma unidade da Apae.

O evento comemorou um ano da decisão do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) de congelar a venda do quarteirão de 20 mil metros quadrados. “Festejamos um ano da luta, com gosto da vitória e reivindicamos que o Condephaat continue o tombamento”, afirmou a atriz.

Moradora do bairro há 31 anos, Eva se envolveu com a causa em 2011, quando foi anunciado o plano da prefeitura em vender os terrenos da área: “A reinvindicação foi feita por várias organizações e pessoas de bem que defendem a manutenção da cultura, da educação e do meio ambiente no bairro”.

As crianças têm de estudar em um ambiente arborizado, e não em gaiolas


Eva disse que, apesar de não ter a vista do quarteirão para sua residência, o aproveita ao máximo. “Tenho a alegria de ouvir as crianças e de poder frequentar e saber a importância desse quarteirão que chamo de oásis”.

Entre as razões para defender o quarteirão, a atriz destacou que ele oferece um ambiente arborizado em meio aos prédios residenciais e comerciais do bairro. “É um quarteirão importante para a respiração dos moradores da região”, afirmou. “As crianças têm de estudar em um ambiente arborizado, e não em gaiolas”.

Os serviços de saúde da região, que incluem um posto, um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e uma unidade da Apae, também foram lembrados em sua importância. “Eles existem há vários anos e têm muitos frequentadores do bairro e das imediações”, explicou.

 

O “Quarteirão da Cultura” teve a venda adiada pela Prefeitura de São Paulo em fevereiro. Para a atriz, não há risco de retrocesso na decisão: “para mim, não existe esse risco. Estamos alertas e há uma análise [de tombamento] instaurada. O próprio secretário das finanças já comunicou que a venda está suspensa”.
 

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