Juiz acata pedido de sobrinho de Michael Jackson pela guarda temporária de filhos, diz site

Do UOL, em São Paulo

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    Guarda de filhos de Michael Jackson é passada temporariamente ao sobrinho TJ Jackson

    Guarda de filhos de Michael Jackson é passada temporariamente ao sobrinho TJ Jackson

O juiz Beckloff acatou o pedido de TJ Jackson, sobrinho de Michael Jackson, pela guarda temporária dos filhos do astro, nesta quarta-feira (25), segundo informações do site TMZ. Ao comentar a decisão, o magistrado afirmou que Katherine Jackson, a avó de Prince (15) , Paris (14) e Blanket (10), estava sendo impedida de exercer a guarda pela "ação de terceiros".

Beckloff se referia ao recente incidente envolvendo o desaparecimento de Katherine, que ficou afastada dos netos por dez dias. Ela estava na companhia de membros da família no estado norte-americano do Arizona. O trio de filhos vive, atualmente, em Los Angeles, na costa oeste dos Estados Unidos (entenda o caso abaixo).

O juiz chegou a afirmar que não ouviria a solicitação de TJ pois a cantora Diana Ross, amiga pessoal do rei do pop, não tinha sido notificada. No testamento deixado por Michael Jackson, Diana é listada como sucessora da avó Katherine Jackson na disputa pela custódia dos filhos.

O juiz sugeriu que TJ apresentasse uma proposta pela guarda definitiva dos filhos de seu finado tio. E reforçou que, além de Diana Ross, a mãe biológica de Prince e Paris – a enfermeira Debbie Rowe – também deveria ser consultada. O pedido deverá ser feito pelo advogado de TJ nas próximas 48 horas.

Já o advogado de TJ, Charles Schultz, disse ao juiz que o objetivo de seu cliente era apenas garantir a segurança dos adolescentes, envolvidos em uma disputa familiar que envolve os representantes do espólio de Michael Jackson e membros da família. Schultz ainda afirmou que TJ não acredita que a avó do trio, que era responsável pela guarda, estivesse agindo por vontade própria nos últimos dias.

Segundo o jornal "Los Angeles Time", a advogada de Katherine, Sandra Ribera, disse ao juiz ter razões para acreditar que a mãe de Michael foi mantida no Arizona contra sua vontade. TJ afirmou que recebeu uma estranha ligação de Katherine na noite de terça em que ela murmurava as palavras.

De acordo com o site TMZ, a família de Michael Jackson ficou dividida ao ser deixada de fora do testamento do rei do pop. Marlon, Tito e Jackie - que apoiam a decisão de transferência da guarda dos filhos de Michael - não teriam pedido nada dos executores do espólio do cantor, enquanto Randy e Jermaine estariam agindo segundo motivações financeiras.

Ainda segundo o site, as alegações na corte de que a matriarca da família, Katherine Jackson, estaria sendo influenciada por terceiros se dá por ela ter soado “drogada” quando ordenou que sua equipe de segurança fosse trocada pela de Janet Jackson. Foi a equipe de Katherine que impediu que Randy, Jermaine e Janet levassem os filhos do cantor para o Arizona na segunda (23).

Entenda o caso

No sábado (21), Trent, um sobrinho de Katherine Jackson, entrou em contato com a polícia, dizendo que a tia havia desaparecido e que não falava com ela há mais de uma semana. Paris Jackson, filha de Michael Jackson, escreveu no mesmo dia em sua página no Twitter que também não falava com a avó há uma semana e pedia que caso alguém a visse, entrasse em contato com a polícia.

Mas no domingo (22), a polícia enviou um comunicado avisando que a senhora de 82 anos estava na casa de parentes, confirmação feita também pela advogada da matriarca.

A notícia do desaparecimento de Katherine Jackson foi o final de uma semana conturbada para a família, que começou com uma carta enviada por cinco irmãos de Michael (Jermaine, Janet, Tito Randy e Rebbie) exigindo que John Branca e John McClain abram mão de suas posições de representantes do espólio de Michael Jackson.

  • Harrison Funk/MJ Memorial via Getty Images

    Katherine Jackson e os três filhos de Michael Jackson, Paris, Blanket e Prince Michael


Na carta, os familiares criticam Branca e McCain, afirmando que eles falharam em suas obrigações e tiraram vantagem da família. Eles também dizem que Katherine Jackson, mãe de Michael Jackson, chegou a sofrer um “miniderrame” devido ao estresse.

A informação sobre o estado de saúde de Katherine fez Paris chamar Randy Jackson de "mentiroso" em seu Twitter.

"Eu quero esclarecer que o que foi dito sobre a minha avó é um rumor e nada aconteceu. Ela está bem", escreveu ela no microblog. Pouco depois, Paris enviou uma mensagem para Randy. "Olá querido membro da família, eu não gosto que você conte para as pessoas coisas que não são verdade. Muito obrigada." Paris depois apagou as mensagens.

Comunicado

Nesta terça, os advogados de Katherine divulgaram um comunicado afirmando que a ida da mãe de Michael Jackson para o Arizona pode ser parte de um plano de alguns membros da família para separar a avó dos netos. Segundo a declaração enviada ao TMZ, as crianças foram vítimas de uma emboscada nesta segunda-feira (23).

No comunicado, os advogados contam que, enquanto Katherine estava no Arizona, um carro invadiu a garagem da casa dela e impediu que um outro veículo, onde estavam as crianças, saísse do local. Neste momento, esses familiares (que não são nomeados no comunicado) teriam então, agressivamente, roubado os celulares das mãos das crianças, apesar de seus gritos. Houve uma briga e a polícia foi chamada, mas ninguém foi detido.

Após a emboscada, Prince, Paris e Blanket, os filhos de Michael Jackson, foram levados para um local seguro. As crianças não falam com a avó desde que ela deixou a casa, há nove dias. A polícia de Los Angeles também não conseguiu falar com Katherine, que está na casa da filha Rebbie.

O comunicado de Katherine ainda diz que um dos familiares que participaram da emboscada admitiu que há três anos é arquitetado um plano para retirar Jackson e os netos de sua casa em Calabasas, Califórnia.

Profissionais responsáveis pelo espólio de Michael Jackson também enviaram um comunicado demonstrando preocupação com Katherine Jackson e os filhos de Michael Jackson. Eles se dizem preocupados em proteger as crianças de “más influências, assédio, cobiça e outras circunstâncias”, e que vai continuar a monitorar a situação, apesar de não poder intervir diretamente.

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