Depois de ter a virgindade arrematada por R$ 1,5 milhão em um leilão na internet, Catarina Migliorini, a jovem de 20 anos que ficou conhecida pela alcunha "virgem de Santa Catarina", não está mais certa de que irá vender a sua primeira vez.   

Em entrevista ao UOL nesta sexta-feira (4), a capa da "Playboy" de janeiro afirmou: "Não tenho mais uma opinião formada sobre  o assunto". Quando questionada se pretende perder a virgindade com o japonês que venceu o leilão, ela mostrou incerteza. "Pode ser que sim, pode ser que não", disse.

"Posso mudar de ideia a hora que bem entender, não vou fazer nada às pressas, quero fazer as coisas no meu tempo. Acho que não tenho maturidade sexual, não estou preparada, falta mais um pouco de tempo para eu perder a virgindade", afirmou.

Além de não achar o momento certo para sua primeira relação sexual, Catarina está repensando a decisão porque recebeu propostas maiores de pessoas fora do leilão. "Inclusive de brasileiros", contou ela, acrescentando que não existe um contrato com o site responsável por promover o leilão que a obrigue a transar com o vencedor ou a multe por não cumprir o combinado. "Estou analisando o que é melhor para mim", disse.

Catarina também afirmou não estar arrependida de ter colocado a virgindade à venda, nem estar com medo de ter a primeira relação sexual. "Que eu saiba fazer sexo é algo normal", afirmou. "Quando eu era pequena, sonhava que a minha primeira vez seria com um príncipe encantado, mas fui crescendo, vi amigas minhas levarem um pé na bunda e minha opinião mudou", disse a jovem, que nunca namorou. "A primeira vez depende muito da situação e, no meu caso, é um negócio. Em um negócio as coisas funcionam diferente".

Mesmo tendo causado polêmica e recebido comentários negativos sobre sua decisão, Catarina não considera sua atitude incorreta. "Se for ver, muitas vezes as pessoas estão apaixonadas quando transam a primeira vez e, mesmo assim, depois se arrependem", justificou.

Catarina também diz que o dinheiro não foi sua única motivação para participar do leilão. "A questão não era só financeira, era a oportunidade de fazer parte de um filme e de viajar. A arte e o cinema me atraem muito", disse.

Apesar do interesse artístico, Catarina afirmou que não pretende virar atriz. "Se surgir uma oportunidade, vou analisar", disse. Antes de ficar conhecida por causa do leilão, ela estudava educação física e tinha pretensões de fazer faculdade de medicina na Argentina.

Mãe achou decisão de entrar no leilão "contraditória"

Também entrevistada pelo UOL, a mãe de Catarina, Mari Lopes, contou que, a princípio, reprovou a decisão da filha de leiloar a virgindade. "Mas ela é muito decidida, só faz o que quer", justificou Mari, revelando que se surpreendeu com a atitude da jovem.

"Ela sempre foi uma menina muito resguardada, nunca se deixou tocar muito. Então achei contraditória essa história de ela leiloar a virgindade. Posso falar que ela é meio intocável", afirmou ela, que tem mais três filhos, entre eles uma médica, um pianista clássico e um estudante.

Mari confirmou a explicação que a filha deu sobre decisão de leiloar a virgindade como oportunidade para participar de um filme. "Ela gosta muito de arte, em geral. Nunca falou que quer ser atriz, mas gosta muito de cinema, como espectadora. Esses dias assisti com ela ao filme ‘Les Misérables’. Ela é muito culta. E indica muitos filmes para mim", elogiou.

Assim como a mãe, o pai de Catarina também não aprovou a decisão da filha de início. "O pai dela não mora no Brasil, mas ficou sabendo do leilão. No início não gostou. Mas, como já disse, não adianta falar com a Catarina. Ela faz o que quer. Ela acha que é uma atitude dela, que não prejudica ninguém", contou.

A mãe da jovem revelou que fica magoada com os comentários maldosos que lê na internet sobre Catarina. "As pessoas não a conhecem. Ela é uma pessoa muito bacana para conversar", contou Mari.

Questionada sobre o que achou do ensaio de Catarina para a "Playboy", Mari mostrou-se indiferente. "Acabei de ver o making of e achei bonito. Mas já não me espanto mais. O importante é que agora ela está aqui em casa comigo, então me sinto segura", contou.