"Se meus filhos espirram, já ligo para o médico", conta Giovanna Antonelli
Fernanda Fadel
do BOL, em São Paulo
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Léo Franco/AgNews
Rosana Jatobá e Giovanna Antonelli juntas em evento em São Paulo
Do brilho da telinha como a famosa delegada Helô em "Salve Jorge" à mãe zelosa de três filhos, a atriz Giovanna Antonelli participou de um debate para conscientizar outras mães sobre a importância da neuroalimentação (alimentação que ajuda na saúde do cérebro), realizado pela empresa Mead Johnson em São Paulo nesta terça-feira (28), com mediação da jornalista Rosana Jatobá.
"Eu sou uma mãe comum. Sou corujíssima. Se meus filhos espirram, eu já ligo para o médico. E me preocupo muito em como eles se alimentam e como crescem", afirmou a atriz, que é mãe de Pietro, de 8 anos, e das gêmeas Sofia e Antônia, de 2 anos.
Giovanna contou que, apesar de toda a sua preocupação como mãe, descobriu somente no início deste ano o papel importante que o DHA (ácido docosahexaenoico) tem na neuroalimentação. É esse ácido graxo da família Ômega-3 que tem o papel de potencializar o desenvolvimento cognitivo (concentração, aprendizado e memória), além de estimular a visão do bebê desde a vida intrauterina até os cinco anos de idade.
"Uma amiga também atriz me disse que havia uma mistura para o leite muito boa que ela dava aos filhos. Foi aí que eu descobri que naquela mistura havia o DHA e perguntei ao pediatra dos meus filhos: por que você nunca me disse antes sobre a importância dele?", contou a atriz sobre o componente que também pode ser encontrado em fontes naturais, com o consumo regular de peixes como salmão e atum.
Convidados para o debate, os médicos Marcelo Reibeisheid, pediatra neonatologista do Hospital São Luiz e da Santa Casa de Misericórdia, e Mário Falcão, doutor em pediatria e professor da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), esclareceram que são nos cinco primeiros anos de vida que a criança desenvolve 85% do cérebro, e o DHA é um forte aliado na evolução mental do filhos.
O DHA entre mãe e filho
A mãe pode ajudar a nutrir o filho com DHA já na gravidez. "O bebê é capaz de receber o DHA aos 25 dias de vida, período em que o feto começa a desenvolver o cérebro", afirma Marcelo Reibeisheid. Dessa forma, a mãe que fizer uma alimentação rica em peixes de água fria - como o salmão, o atum, o bacalhau e a sardinha - vai transferir o DHA via placenta no período intrauterino.
Mário Falcão explica que a ingestão do DHA pelas mães também pode ser feita por complementos alimentares em pílulas, sempre com acompanhamento médico. "A ingestão de DHA pelos brasileiros por meio dos alimentos ainda é muito carente, apenas 6% da população consome a quantidade desejada diária, que gira em torno de 75 mg".
O salmão é o peixe que mais contém a substância; em uma porção de 100 g do peixe, há 1.840 mg de DHA. O atum, alimento de preço mais acessível, possui 1.150 mg de DHA na mesma porção.
O DHA também está presente no leite materno. A mãe pode continuar o processo de transferência por meio da amamentação até a criança chegar à fase de comer alimentos sólidos.
Cérebro mais vivo, visão mais saudável
"Quem usa óculos hoje provavelmente não teve a ingestão adequada de DHA até os cinco anos de idade", explica Marcelo Reibeisheid. Isso porque a substância também ajuda a evitar as distúrbios oftalmológicos no futuro, como a miopia e hipermetropia.
Outra qualidade que vem sendo estudada é a manutenção da saúde cerebral, em que o DHA atua também no combate ao Mal de Alzheimer e demência, que causam a deterioração cognitiva (capacidade mental que envolve os processos da inteligência).
Mário Falcão aconselha que a mãe deve se alimentar bem, para que a criança se espelhe no hábitos da figura materna, e ressalta também que o consumo do IDH faz bem em qualquer idade. "Nascemos com DHA, mas o consumo o potencializa. Cada vez mais vamos descobrir o que o DHA tem a nos oferecer para desenvolver e manter nossas funções vitais", afirma o médico.
Conselhos para cuidar dos pequenos
Rosana Jatobá, jornalista e mãe dos gêmeos Lara e Benjamin, de 2 anos, conta que divide sua vida atarefada em horários para dar prioridade aos pequenos e que a alimentação é um ponto fundamental no cuidado com a duplinha. "É necessário disciplina e dedicação", avalia Rosana.
Giovanna Antonelli revela que a educação alimentar de Pietro, que hoje tem 8 anos, para a das garotas, de 2, mudou bastante. "É uma felicidade só quando elas me pedem o prato de alface com 'tomatinho'". A atriz também conta que as pequenas tomam leite com mistura de DHA na fórmula batidos com fruta e que Pietro, que desde pequeno faz mais "birra" para comer, também pede para Giovanna o "leitinho" que as irmãs tomam.
A atriz conta que, além desse controle quanto ao que os filhos comem, é necessário estar presente, dar acolhimento, fazer com que o trio se sinta amado mesmo quando ela sai cedo de casa e só volta à noite em um dia estafante de gravações. "É importante o amor estar ali presente quando eu não posso estar", finaliza Giovanna Antonelli.