Preta Gil usou o Facebook nesta terça (29) para opinar a respeito da atitute do jogador Daniel Alves contra o racismo. E aproveitou para citar a morte do dançarino DG no Rio e a morte do menino Bernardo no Rio Grande do Sul. A cantora contou que resolveu desabafar na rede social para "não engasgar, ter insônia ou úlcera" ao ver o que se passa no mundo real e virtual. E argumentou que "muito preconceito, racismo e ignorância são mascarados e justificados como opinião".

"Estou triste pela guerra no Rio e pelas vítimas, sejam elas policiais, negros, brancos, ricos ou pobres. Ninguém merece viver com medo. Estou chocada com o caso do menino Bernardo, enojada. Fiquei orgulhosa com a atitude do Daniel Alves, ele deu uma banana para o preconceito e mostrou que de macaco não tem nada. Ele foi muito humano. Estou vendo o movimento da banana e respeito quem aderiu, pois, tenho certeza que foi de coração. Mas não sou macaca, eu tenho minha própria opinião, sou negra com muito orgulho! Racismo é crime, cadeia neles!", escreveu.

Preta afirmou que em seus 40 anos de vida viu e viveu o bastante para saber quem é e ter consciência de suas atitudes. Ela contou que não precisa se explicar nem se justificar para ninguém, já que quem a conhece, a conhece.

"Estou vendo as montagens na minha foto com Carol [Carolina Dieckmann] e Fê [Fernanda Paes Leme] sendo modificada com vários dizeres. Uns engraçados, uns irônicos e outros bem violentos. Não me surpreendo, pois respeito o individualismo intelectual e até mesmo o modismo. Opinião cada um tem a sua. No mundo de hoje, está difícil dizer quem está certo e quem está errado, cada um defende seu ponto de vista e vamos em frente", afirmou.

A cantora contou que nesta terça leu no Facebook opiniões diversas sobre o caso do dançarino DG e o movimento da banana e concordou com poucas e se assustou com muitas.

"Muito preconceito, racismo e ignorância mascarados e justificados como 'opinião'. Minha gente, o grande barato da vida é aprender, evoluir, transformar, amar... Nem tudo é do jeito que pensamos, nem tudo é do jeito que lemos. Estou cansada! É tanto ódio, julgamento, tanta sentença precipitada. Estou realmente assustada, o ser humano é tão nojento e cruel que estou quase querendo ser macaco agora", escreveu.