Namoradas de diretores de TV, atrizes dizem que separam trabalho e amor
Renato DamiãoDo UOL, no Rio
Quando se fala em namoro envolvendo atrizes e diretores, o primeiro nome que vem à cabeça é de Woody Allen. O diretor norte-americano eternizou não somente seus filmes como seus amores com as atrizes Diane Keaton e Mia Farrow. Para a primeira, ele fez "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa", e para a segunda "A Rosa Púrpura do Cairo" e tantos outros.
Em sua biografia, "The Again", Diane contou que namorar Woody era como estar em um filme e que antes mesmo de conhecê-lo já era sua fã. No Brasil também não são poucas as atrizes que viveram grandes romances com diretores de TV, cinema e teatro.
Casamentos como o de Betty Faria e Daniel Filho, Herval Rossano e Nívea Maria, Giovannna Antonelli e Leonardo Nogueira tiveram o pontapé inicial nos bastidores de novelas e peças. E as parcerias continuaram tanto fora quanto dentro de cena.
O caso mais recente é o de Andreia Horta e Rogério Gomes, o Papinha. O casal voltou a trabalhar junto em "Império", nova trama das 21h da Globo. Em conversa com o UOL, Andreia minimizou o fato. "Ele é um homem, um homem que eu amo, um homem como outro qualquer. Isso não determina nada nem afeta nada", garantiu a atriz.
Antonia Fontenelle, que foi casada por sete anos com Marcos Paulo, explicou o fascínio que diretores podem suscitar em atrizes: "Toda mulher adora um homem poderoso".
No entanto, a atriz ressaltou que nunca o relacionamento foi determinante no ambiente de trabalho. "Havia uma separação total. Uma vez o Marcos viu uma cena minha e achou que eu estava desconcentrada. Depois que terminei ele me esculhambou, e eu aceitei. Ali não vi o marido, vi o diretor", relembrou ela, que foi dirigida pelo marido em "Malhação", na peça "Vidas Divididas" e no filme "Assalto ao Banco Central".
A mesma história já aconteceu com Nanda Ziegler. Casada com Alexandre Avancini, a atriz disse que no set é vista como uma profissional. "Ele não me diferencia de ninguém, se eu tiver que levar uma chamada levo". Eles já trabalharam juntos em "Pecado Mortal" e "José do Egito", entre outras.
E, assim como Fontenelle, Ziegler acredita no poder de atração do homem que comanda um set de gravação. "Claro que há essa atração por um homem nesta posição, mas sou uma artista. Poder ter um companheiro que conhece tanto da minha arte, inteligente e que pode me agregar tantas coisas, isso que realmente me fascina", opinou.
"Sem protecionismo"
Ziegler nega que ser mulher do diretor é ter personagem garantido. Ela revelou que Avancini faz teste com todos os atores do elenco, mesmo com os já são dado com 100% escalados.
"Ele sempre trabalha com teste, desde os protagonistas até os outros personagens. Ele gosta de ver como o ator se expressa e se coloca para o personagem. Nunca trabalhei com personagem definido, sempre fui em busca da melhor personagem para mim", ressaltou a atriz.
Indagadas sobre o prazer de trabalhar com seus respectivos maridos, Andreia minimizou: "Não sinto nenhuma diferença". Já Nanda elogiou: "Alexandre é o melhor diretor que existe". E Fontenelle relembrou o orgulho que sentia ao ver Marcos Paulo dirigindo.
"Me dava um orgulho absurdo ver uma equipe sendo comandada por ele", afirmou.
*Com colaboração de Carla Neves