"Não fico dourando pílula", diz Maria Ribeiro, ao lançar livro de crônicas

Giselle de Almeida
Do UOL, no Rio
Fernando Young/Divulgação
A atriz Maria Ribeiro lança livro de crônicas: "Não quero parecer pretensiosa com isso"

Pânico absoluto. Essa foi a reação de Maria Ribeiro ao reunir suas crônicas, publicadas há seis anos na revista TPM, para transformá-las em livro. Acostumada a falar sobre os casamentos, a maternidade, a relação com os amigos e as experiências profissionais, sempre com naturalidade, a atriz conta que não tinha se dado conta do quanto revela de si mesma até editar "Trinta e Oito e Meio" (editora Língua Geral), que a atriz lança nesta quarta-feira (14), às 19h, na Livraria Argumento, no Leblon, no Rio. 

"A coluna é bimestral, direcionada para um público muito específico. Quando reuni tudo, achei assustador. Mas já tinha assinado contrato, então disse: 'Vamos lá!", diverte-se ela, antes de explicar que não se considera uma escritora. "É só mais um livro, ;  com isso", complementa.

As ilustrações de Rita Wainer, que ela considera "femininas, mas com um pouco de melancolia", acompanham suas melhores crônicas e quatro textos inéditos. "Escolhi os que tratavam de coisas mais diferentes. Acabo falando muito de filho, então tentei não ser a mãe doida (risos). Abordo coisas pessoais, como a morte do meu pai, mas que, ao mesmo tempo, são bem universais, as pessoas se identificam. E sou muito franca, não ficou dourando a pílula", explica.

Após tanto tempo, no entanto, ela resolveu reescrever os textos. "Percebi que os mais recentes têm mais humor, acho que hoje escrevo melhor, estou menos formal, tiro mais sarro de mim mesma. Antigamente era mais séria, hoje sinto que estou mais leve", constata ela, que tem o desejo de transformar o livro em série de TV. "No Brasil não existe um programa que fale desse geração de mulheres de 30 anos, eu adoraria", conta ela, fã de "Sex and the City" e de Lena Dunham, criadora e protagonista de "Girls".