Jolie diz que ficou sem palavras ao visitar campo de refugiados no Iraque

Do UOL, em São Paulo

Angelina Jolie pediu a ajuda da comunidade internacional no auxílio aos refugiados da Síria e do Iraque – países com forte presença do grupo terrorista Estado Islâmico (EI). A atriz visitou um campo de refugiados perto da cidade iraquiana de Dahuk no último fim de semana e relatou suas experiências em um editorial para o jornal "The New York Times", publicado na última terça-feira (27).

No texto, intitulado "Um novo nível no sofrimento dos refugiados", Jolie disse que ficou sem palavras ao ver o estado dos refugiados, mesmo fazendo visita a esses locais desde 2007: "Há muitos anos eu visito campos, e em todas as vezes eu sento em uma tenda e ouço histórias. Eu tento ao máximo dar apoio, dizer alguma coisa que mostre solidariedade e dar algum tipo de orientação atenciosa. Nesta viagem, fiquei sem palavras".

A atriz, que é embaixadora da boa vontade da Agência das Nações Unidas para os Refugiados e é reconhecida por seu ativismo, contou que conheceu uma mãe que teve a filha sequestrada pelo EI. A mulher, lamentando, disse que desejava poder estar com a filha nesse momento, mesmo que isso significasse ser torturada ou estuprada. "Nada prepara você para a realidade de tanta miséria humana: para as histórias de sofrimento e morte, para o olhar das crianças traumatizadas e famintas", escreveu.

Jolie ainda afirmou que é necessário que os países que fazem fronteira com a Síria recebam mais auxílio para poder socorrer os refugiados – e que outros países do mundo inteiro deveriam oferecer um abrigo seguro para os mais vulneráveis, como as pessoas que foram torturadas ou estupradas.

"E, acima de tudo, a comunidade internacional como um todo tem que encontrar um caminho para um acordo de paz. Não é suficiente defender nossos valores em casa, nos nossos jornais e nas nossas instituições. Nós também temos que defendê-los nos campos de refugiados do Oriente Médio e das cidades-fantasmas arruinadas da Síria", finalizou a atriz.