"É uma resposta ao 'Cala a Boca, Galvão'", diz Galvão Bueno ao lançar livro

Felipe Abílio

Do UOL, em São Paulo

Galvão Bueno lançou seu livro "Fala, Galvão!" e recebeu muito nomes importantes do esporte como Hortência, Giba, Casagrande, além de amigos, familiares e fãs, que formaram uma imensa fila para conseguir um autógrafo na Livraria Cultura, na noite desta terça-feira (7), em São Paulo.

A publicação conta histórias dos 40 anos de carreira do narrador número 1 do Brasil, além de relembrar histórias engraçadas e homenagear alguns amigos. Antes do lançamento, Galvão participou de uma pequena entrevista coletiva com os jornalistas presentes e falou sobre o meme "Cala a Boca, Galvão", que dominou os estádios e o Twitter na Copa do Mundo em 2010.

"O nome do livro 'Fala, Galvão!' é uma resposta ao 'Cala a Boca, Galvão'. Eu sei que sou amado e odiado, como todo mundo", explicou o narrador da Globo.

Contando situações, engraçadas, difíceis e até polêmicas, Galvão também homenageia alguns amigos que fez durante os 40 anos de vida profissional.

"A gente tentou terminar esse livro 10 vezes, mas eu ainda acho que faltam coisas e pessoas", contou.

Um dos fatos mais marcantes na Fórmula 1 para os brasileiros, Galvão destacou um dos piores momentos que passou por sua carreira.

"Não gostaria de reviver a morte do Ayrton Senna, o acidente e a morte. Foi muito difícil passar por aquilo".

Mas o dono da voz esportiva marcante da Globo tem muitas lembranças positivas.

"'É o tetraaa, é o tetra, é tetra', ficou marcado na minha carreira", disse ele sobre a narração do fim da Copa de 1994.

Famoso com seus bordões, Galvão Bueno garante que eles não são planejados: "Rrronaldinho, veio espontaneamente, não penso nos bordões, acontece...".

Admiração dos Colegas

Tiago Leifert foi um dos convidados de Galvão Bueno e ficou na fila para pegar seu autógrafo. Em rápida conversa com a imprensa, o apresentador falou de sua relação com o narrador.

"Eu tenho 34 anos de vida, ele tem 34 de Globo, tudo que eu passei esportivamente, tudo que eu assisti, o que me fez gostar de esporte tem a voz do Galvão. Os bordões, nós do 'Globo Esporte' usamos todos os dias a voz dele. Não haverá outro Galvão nunca mais e temos de desfrutar da companhia dele". Ele ainda falou sobre sua possível ida só para o entretenimento da emissora.

Cléber Machado, que é apontado como o substituto de Galvão quando ele aposentar, falou da relação de parceria de quase 30 anos.

"Ele é parceiro sempre, não rola ciúmes e nem nada. Estamos há muito tempo trabalhando junto e ele está realizando um sonho, que deve ser quase de todo mundo, que é escrever um livro, contar histórias e passar um pouco do que viveu para as pessoas". Cléber também falou sobre ser considerado o substituto ideal para o amigo.

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