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29/12/2009 - 12h20

Priscila Fantin e Thierry Figueira ensaiam até as vésperas do Réveillon

Do UOL, no Rio

“Vamos lá! Prepara! Cuidado para ninguém se machucar...” gritou o diretor Pedro Vasconcelos na madrugada desta terça-feira (29/12), num dos últimos ensaios da peça “A Marca do Zorro”, com estreia marcada para o primeiro dia de 2010, no Teatro Leblon, no Rio de Janeiro. A proposta de abrir o espetáculo no dia 1º é uma estratégia para atrair turistas, acreditam os produtores. Para tanto, os atores deixaram de viajar e se preservarão na noite do Réveillon para o lançamento da peça.

  • Andre Durão/UOL

    Os atores Thierry Figueira e Priscila Fantin duelam no primeiro encontro de seus personagens em ensaio da peça "A Marca do Zorro", no Teatro Leblon, no Rio (29/12/2009)

O aviso do diretor, que fumou um cigarro atrás do outro, pouco antes dos três toques da campainha, faz sentido. São 15 lutas de esgrima, golpes de luta livre, saltos de parkour e corridas pelo cenário irregular repleto de degraus. A peça conta ainda com três coreografias de dança flamenca. 

O ator Thierry Figueira, que dá vida ao Zorro e a Diego de La Vegas, diz que os cortes, tombos e galos na cabeça já fazem parte da rotina, mas, segundo ele, tudo dentro do controle. Thierry já tinha passado pelas lutas com as espadas na montagem de “D´Artagnan e os Três Mosqueteiros”, cuja carreira durou quase cinco anos.

“Zorro está exigindo uma entrega absoluta, muitas horas de dedicação e um grande esforço físico. Já perdi 10 quilos desde o início dos ensaios, em maio, mas também passei por uma reeducação alimentar. Está sendo a maior expectativa da minha vida no teatro. São praticamente dois personagens bem diferentes um do outro. A mudança de figurino tem de ser ligeira. O Zorro é um personagem revoltado com a injustiça social”, diz Thierry.

Ele faz par romântico com a ex-namorada Priscila Fantin. Ambos encaram a parceria no palco com naturalidade sem qualquer constrangimento. O clima entre eles e de todo o elenco é de amizade.

Para Priscila, a maior dificuldade são os movimentos da dança flamenca. Na montagem, a atriz interpreta Esperança, uma mocinha destemida que enfrenta os inimigos com a esgrima, golpes de lutas e parkour. “Eu já tinha uma boa base de lutas. Fiz capoeira, Taekwondo, luta livre e ginástica olímpica. A dança para mim é um desafio. Os movimentos das mãos, por exemplo, precisam de suavidade”, conta Priscila, que antes do ensaio esteve no médico, pois estava com dores de ouvido, garganta e teve febre.

Quem a vê no palco saltando, dançando, lutando nem imagina. “Tento minimizar a minha ansiedade com a proximidade da estreia e acho que com isso minha imunidade acaba ficando baixa. Também estamos ensaiando das 21h30 às 4h30 há sete meses (quase diariamente). Como gosto muito do dia, tenho dificuldades de fazer essa troca de horário. Nossa rotina é sacrificante, mas estou adorando. Dá aquele frio na barriga. Teatro é aqui, agora. Tudo pode acontecer”, diz Priscila.

Ao todo são 20 atores no elenco da montagem. Pedro Vasconcelos, autor e diretor da montagem, conta que leu livros e assistiu a diferentes versões do Zorro e criou a sua a partir da escolha do elenco. “Desde 2000 tenho esse projeto. Já queria o Thierry desde o “D´Artagnan e os Três Mosqueteiros”, a esgrima dele era a mais bonita. Ao dirigir a Priscila nas novelas “Alma Gêmea” e “Sete Pecados”, quis trabalhar com ela no teatro. A dedicação e a disponibilidade dela são incríveis. Eu precisava dessa entrega. Já o Tadeu Mello é um dos melhores atores brasileiros, sempre quis fazer algo com. Escrevi o Sargento Garcia para ele, que deu um toque brasileiro ao texto”, resume Vasconcelos que escolheu o restante do elenco com teste de exercícios físicos e resistência. Há profissionais que não são atores de formação como Eliane Carvalho, uma das coreógrafas de dança flamenca, que faz Catarina.

Apesar da rotina puxada, Tadeu Mello diz estar realizado com a experiência. “Meu personagem traz humor, ele não nem habilidade com a esgrima, mas quer matar o Zorro. Quando o mascarado aparece, foge como uma cabrita nas montanhas e dá ordem aos soldados”.

Pedro Vasconcelos diz que a montagem tem “alma de superprodução” e espera que se torne um belo espetáculo de aventura.


 

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