Ed Motta considera "injusta" a repercussão de suas declarações ofensivas nas redes sociais no último mês. "Sou uma pessoa que faço um serviço cultural de graça para o cidadão brasileiro, de pôr links de artistas e discos de coisas obscuras, raridades, informações valiosas para quem gosta de música no Twitter e no Facebook. E o único momento em que fui notado foi quando estava bêbado e fiz uma piada infeliz", disse em entrevista à revista Caras.

Em maio, o cantor escreveu em seu Facebook que o povo brasileiro é feio, com exceção dos habitantes do sul do país, e que "mulher feia tem que ser mega competente". "Se não, é Paula Toller nas cabeças (risos). Linda, burra e sem talento", alfinetou.

Arrependido, ele diz que os comentários foram consequência do efeito de oito garrafas de vinho. "Quem me acompanha, lê as minhas entrevistas, sabe que nunca houve nada nesse teor, sempre teve muita crítica, falação, reclamação, da minha parte, mas nada de ofensa desagradável a um colega de trabalho ou declarações preconceituosas. Meu Deus, apesar de enxergar com absoluta clareza meu erro, não consigo concordar com o peso que foi dado". 

Na entrevista, Ed Motta disse que era "motivo de graça" por ser gordo mas que não sofria bullying porque "as pessoas queriam que estivesse com elas, modéstia à parte, pela inteligência". "Se alguém me chamava de 'rolha de poço', falava 'coitado, ele nem sabe que eu conheço a discografia do Earth, Wind and Fire'.