Os pais da atriz Amanda Bynes – que está internada em um hospital psiquiátrico – foram à Justiça nesta sexta-feira (26) para pedir a tutela temporária da filha, alegando que ela apresenta perigo para si mesma e para os outros. O juiz do caso, porém, optou por postergar a decisão. As informações são do site TMZ.

Na audiência com Rick e Lynn Bynes, o juiz teria destacado que não é necessário apressar a decisão, uma vez que Amanda ainda deve ficar internada por mais duas semanas. Uma nova audiência foi marcada para o dia 9 de agosto.

Antes dessa nova data, o juiz pretende conversar com Amanda e com os médicos que cuidam dela e ver os arquivos da polícia sobre o incêndio provocado pela artista. Ele ainda teria pedido que o advogado que ele apontou para Amanda a entrevistasse e depois fosse falar com ele.

Representados pela advogada Tamar Arminak, Rick e Lynn Bynes usaram o recente incêndio provocado por Amanda e as evidências de que ela sofre de esquizofrenia para provar que a filha não está apta a zelar por sua integridade física, seu bem-estar e suas finanças.

De acordo com fontes do site, os pais defenderam que não há alternativas à tutela, uma vez que Amanda não procura tratamento para a esquizofrenia por acreditar que não está doente, mesmo dizendo que há uma "Amanda boa" e uma "Amanda má".

O casal acredita que a única forma de manter a atriz segura é estar por perto dela constantemente durante o dia. Eles ainda argumentaram que estão prontos para abrigar Amanda em sua casa na Califórnia, onde podem prover o cuidado necessário.

Caso o juiz conceda a tutela temporária, os pais irão pedir imediatamente uma tutela permanente.

Internação estendida
Na quinta-feira, um juiz determinou que Amanda Bynes ficasse internada por mais duas semanas no hospital psiquiátrico após um pedido de médicos da instituição, que argumentaram que precisariam de mais tempo para fazer um diagnóstico mais preciso.

O advogado da atriz, porém, já pediu uma audiência de emergência para que a atriz não seja obrigada a ficar no hospital por essas duas semanas. O novo encontro com o juiz deve acontecer ainda nesta sexta-feira.

A atriz havia sido enquadrada em uma lei da Califórnia que permite a detenção psiquiátrica involuntária, conhecida como 5150. Sob essa lei, uma pessoa pode ser detida para uma avaliação da saúde mental por até 72 horas. 

A audiência de quinta, segundo o TMZ, aconteceu no próprio hospital. Um advogado de Amanda estava presente no local e tentou argumentar que a internação não era mais necessária.

Problemas constantes
Em maio, a atriz Amanda Bynes foi detida em seu apartamento em Nova York e levada para avaliação psiquiátrica, depois que um funcionário do prédio ligou para polícia e disse que a atriz estaria fumando maconha e enrolando um cigarro da droga no lobby de seu edifício, em Manhattan.

Quando os policiais chegaram ao apartamento de Bynes, eles se depararam com uma grande quantidade de fumaça e um instrumento para fumar maconha, conhecido como bong. Ela depois teria jogado o objeto pela sua janela - no 36º andar - na frente dos oficiais.

Detida, a artista foi levada para avaliação psiquiátrica no hospital antes de ser autuada em um distrito da cidade. Ela foi fichada por conduta imprudente, posse de drogas e adulteração de evidências. Não foi informado se ela tinha um advogado presente no momento.

Comportamento suicida?
Há versões diferentes sobre o que teria motivado a polícia a ir até a casa de Amanda Bynes em maio. O publicitário Jonathan Jaxson, que diz ser amigo da atriz, afirmou em entrevista ao site Radar Online que foi ele quem chamou as autoridades, por suspeita de que a jovem pudesse cometer suicídio.

"Eu fiz a polícia ir até a casa dela. Ouvi que eles encontraram drogas e outras coisas. Tenho provas de que ela é suicida. Houve mensagens de texto e outras coisas. Eu contei isso para a polícia e eles levaram a sério", contou Jaxson.

O publicitário descreveu a ação como uma "intervenção de sucesso". "Quero que o mundo saiba que isso é uma vitória e que ela agora terá a ajuda que merece", disse.

Garota problema
Depois de ter sido flagrada fumando um "cigarro suspeito", que seria supostamente de maconha, a atriz Amanda Bynes criticou o assédio dos paparazzi e contou aos seus seguidores no Twitter que teve que raspar o cabelo por conta de problemas capilares.

Em um post enviado ao site "E! ", a atriz famosa pelo filme "Ela e os Caras" afirmou que iria processar o veículo. "Eu tive que raspar a cabeça por causa de danos no cabelo. Então, não tenho amado minhas fotos tiradas por pararazzi há alguns anos. Eu tenho aplique, mas vocês podem vê-lo. Amo suas matérias, mas vou processar vocês por espalhar mentiras sobre mim em seu site. Obrigada por serem meus fãs".

Recentemente ela afirmou ter dificuldade para emagrecer por conta de um distúrbio alimentar.

Em agosto de 2012, Amanda Bynes foi acusada de se envolver em dois acidentes de trânsito nos Estados Unidos e abandonar os locais das batidas sem trocar informações com os outros motoristas envolvidos.

Amanda também é famosa por se  envolver em confusão e acidentes de carro.

A primeira das colisões aconteceu no dia 10 de abril, quando a atriz estava com um carro alugado e bateu em outro veículo em uma rodovia de Los Angeles, deixando o local sem parar para prestar esclarecimentos.

Já a segunda batida aconteceu em 4 de agosto. Amanda teria batido na traseira de outro carro, desta vez a bordo de uma BMW, segundo o relato da outra motorista envolvida à polícia. A mulher, chamada Kisa, ainda afirmou que as duas chegaram a conversar e trocar cartões, mas Bynes "parecia nervosa com o fato" e logo foi embora.

Este acidente forçou os procuradores de Los Angeles a reabrirem o caso, antes rejeitado por não possuir testemunhas contra a atriz. Caso seja condenada, a atriz poderá enfrentar até um ano de prisão, por ser reincidente em acidentes de trânsito. A audiência vai acontecer no dia 27 de setembro. A assessoria jurídica da artista não se manifestou.

Amanda ainda revelou recentemente no Twitter tem um distúrbio alimentar  e por isso precisa "trabalhar duro" para se manter em forma.