Joia Rara

"Se minha função é ser galã, eu faço", diz Domingos Montagner

Renato Damião

Do UOL, no Rio

  • AgNews

    Domingos Montagner é Raimundo Fonseca em "Joia Rara"

    Domingos Montagner é Raimundo Fonseca em "Joia Rara"

Aos 51 anos, Domingos Montagner não pensa em descanso. Desde que estreou na Globo, em 2010, o ator emendou papeis em seriados e novelas. Ao todo já são seis, com destaques para o Capitão Herculano, de "Cordel Encantado", e o Zyah, de "Salve Jorge".

No dia 16 de setembro, ele poderá ser visto em "Joia Rara", desta vez na pele de uma líder comunista que luta pela qualidade de vida dos trabalhadores de uma fábrica. Mas quem pensa que Montagner estará longe do tipo galã que tem o acompanhado, está enganado. Raimundo terá cenas de intensa paixão com Iolanda, papel de Carolina Dieckmann. Em conversa com o UOL, o ator afirmou não ter problemas com o rótulo de galã.

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"Se minha função é ser galã, eu faço. Tiro de letra isso, sei que o galã faz parte do universo da televisão e do cinema. Ele está envolvido com a imagem e com a capacidade de divulgação desses veículos", opinou Montagner. Ele ressaltou, no entanto, que o estereotipo fica preso unicamente a televisão e que na vida real não se deixa enganar por esses elogios. "Só não compro para mim essa historia de galã, encaro o personagem com o máximo de humanidade", frisou.

Tamanho sucesso fez com que Montagner vivesse o ônus de ser uma figura pública. Na época de "Salve Jorge" não faltaram boatos envolvendo um suposto romance entre ele e Cleo Pires, sua parceira de cena. Indagado se o preço por ser galã é alto, ele negou: "Esse tipo de reflexo do sucesso foge ao meu controle, eu não me deixo envolver com isso, mas acho que tudo vale a pena quando está em jogo o exercício de atuar e esse é meu objetivo", ponderou.

Casado com Luciana Lima e pai dos meninos Leo, Antonio e Dante, o ator confessou que precisou consultar a família na hora de aceitar o novo trabalho e que todos virão morar no Rio durante as gravações. "Tenho três filhos, eles estão na escola, tudo isso influencia na decisão, mas o personagem é instigante, aceitei e eles entenderam", disse.

"Filosofia do comunismo permeou minha geração"

Em "Joia Rara", Raimundo é um operário na Fundição Hauser, comandada por Ernest Hauser (José de Abreu), seu grande inimigo. Líder da causa operária, ele sonha com um país com menos desigualdade. "Acho importante revisitar a história para entender o presente. Sempre tive fascínio pelos anos 30 e 40 e esse personagem é diferente dos outros que já fiz".

A diferença, segundo o ator, se dá pelo tom realista da trama. "A filosofia do comunismo permeou toda a minha geração, eu sou pré muro de Berlim", contou aos risos. Sem se aprofundar sobre suas orientações políticas, Montagner afirmou que "em alguma fase da vida pensou nos ideais socialistas".

Sobre a trama de amor entre Raimundo e Iolanda, Montagner prometeu cenas intensas. "O conflito amoroso e político do personagem caminham juntos, será uma trama bonita", garantiu ele.

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