Carmo Dalla Vecchia, que está na TV como o vilão Manfred Ducke, em "Joia Rara", conversou com o UOL sobre a viagem ao Nepal para acompanhar as gravações das primeiras cenas da trama.

"Adorei a culinária de lá, comi até samambaia, sem saber que era a planta. Entrei num restaurante muito simples, em que as pessoas comiam com a mão e mergulhei na realidade deles, não tive problema nenhum. A culinária é muito apimentada, o arroz tem muita pimenta, mas é tudo ótimo, só não gostei muito da samambaia. Foi uma experiência maravilhosa".

Além da culinária, Carmo aproveitou para fazer compras nos país. "Gosto muito de caveira, trouxe algumas caveiras de lá. É um ótimo lugar para comprar joias por um preço bem mais baixo que aqui".

Durante a viagem, o ator, que tem a fotografia como hobby, fez vários registros do país, do povo, das paisagens e inclusive de rituais fúnebres.   

"Essa realidade como a morte, que é uma coisa que todos nós vamos passar, por um lado foi chocante, me questionou a respeito da nossa finitude.  Você pensa que um dia tudo acaba, se pergunta 'para que trabalhar?', depois você pensa que a melhor homenagem que pode fazer nessa vida é ser o homem mais feliz do mundo. Aí também entra minha prática religiosa que contribui filosoficamente para eu agregar isso de uma forma positiva na minha vida. Minhas fotos falam muito sobre esse tema que é a morte. Na vida, de certa forma, viver é aprender a morrer também, saber que tudo acaba".

Sobre "Joia Rara", o ator confessa que não está preocupado em agradar o telespectador com o vilão Manfred.

"A reação do público não me preocupa, se não vai contaminar, vou ficar preocupado se a dona Maria está gostando de me ver fazendo bonzinho ou mau. Durante muito tempo eu tive que aprender que não posso me preocupar com o olhar do outro ao meu respeito, se eu ficar com isso, eu não estou conectado comigo, estou mais preocupado em agradar do que fazer um personagem bem feito. Estou fazendo psicanálise há muito tempo, não me importo não se meu personagem agrada ou não".