Em meio a acusação de abuso sexual, diretor de "X-Men" revela ser bissexual

Do UOL, no Rio

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    Bryan Singer revela ser bissexual

    Bryan Singer revela ser bissexual

Em meio a acusações de abuso sexual, Bryan Singer, diretor de "X-Men", revelou em entrevista à revista "Out" que é bissexual. "Eu meio que sou bissexual. Nos últimos cinco anos tive duas namoradas, mas nada garante que o próximo namoro não será com um homem", disse o cineasta.

Singer contou que "emocionalmente" tem forte inclinação para relacionamentos com homens. "Estou feliz em dizer que sou gay também, se essa for uma resposta fácil de ser entendida", completou ele.

Ainda na publicação, Singer contou que seus pais tentaram fazê-lo se consultar com um terapeuta especializado em sexualidade. "Minha sexualidade nunca foi algo que me atormentou. Eu só nunca senti necessidade de sair dizendo isso por aí", completou o diretor.

Singer relembrou que quando filmou "Os Suspeitos" namorava um rapaz da equipe e que o romance nunca foi escondido. "Lembro de um amigo dizer que me admirava por nunca ter tido problemas em demonstrar afeto", disse.

O cineasta explicou que nunca fez questão em falar abertamente sobre isso por considerar a sexualidade uma questão "complexa". Sobre as acusações de abuso sexual, Singer não se pronunciou.

Entenda o caso

Um cidadão britânico anônimo entrou com um processo contra o cineasta, afirmando que foi atacado por Bryan Singer quando ainda era um adolescente. As informações são da revista "Hollywood Reporter".

O processo foi iniciado no último 3 de maio na corte de Los Angeles, pelo mesmo advogado que representa Michael Egan, o primeiro a acusar Singer de abuso. Nos documentos da nova acusação, o homem não-identificado alega que foi forçado a fazer sexo em um quarto de hotel em Londres, durante uma festa do filme "Superman Returns", dirigido por Singer.

De acordo com o acusador, que tinha 17 anos na época, ele resistiu às investidas de Singer, mas recebeu um tapa de um homem "grande e musculoso" e foi segurado por ele enquanto o diretor o agarrava. Singer teria então tentado estuprar o rapaz.

Já Michael Egan contou que foi estuprado várias vezes durante festas promovidas por Singer e executivos, em 2000 - o que já havia alegado em seu processo. Nos documentos, Egan alega que foi atraído pela primeira vez para uma mansão na Califórnia, quando tinha entre 14 e 15 anos, com a promessa que ganharia um papel em um de seus projetos.

Lá ele teria consumido cocaína e uma pílula identificada como "triângulo verde", o que pode ser uma mistura entre ecstasy, Xanax, Rohypnol e Vicodin ou Percocet, além das bebidas alcoólicas.

Marty Singer, advogado do cineasta, afirmou que as acusações são "totalmente falsas".

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