Guitarrista afirma que integrantes do RPM usavam cocaína e LSD

Do UOL, em São Paulo

Rafinha Bastos convidou para o seu "Agora é Tarde" a banda RPM e conversou com os integrantes sobre o envolvimento do grupo com drogas no início da década de 1980, quando começaram. Fernando Deluqui, guitarrista e vocalista, afirmou que eles já fizeram show drogados naquela época.

"A gente foi firme no 'sexo, drogas e rock'n'roll'. Nos três igual. Só que a gente descobriu que tocando se dava mal. Fomos fazer um show em Cuiabá quando um pessoal começou a jogar cerveja e terra na gente. Ficamos virados de um dia para o outro e estávamos naquele estado que não dava para fazer p**** nenhuma. Foi um desastre! Desse dia pra frente, nunca mais entramos loucos em show. Fazíamos separadamente."

Questionado pelo apresentador qual entorpecente eles tiveram mais contato, Deluqui selecionou dois. "Houveram duas: a cocaína e o LSD. o LSD era muito divertido e a cocaína virou nosso inferno", contou.

Paulo Ricardo, o frontman do grupo, declarou que eles tinham uma ideia equivocada sobre o significado da droga. "É impossível descontextualizar as drogas. Crescemos lendo sobre as experiências transcendentais e sobre a busca de uma abertura das portas da percepção. Depois a perceber a ligação das drogas e o crime organizado. Não dá pra falar mais de droga com a mesma inocência que no final da década de 1970. Hoje é um problema gravíssimo de saúde", opinou.

Já sobre os fãs, o vocalista contou que, certa vez, um homem subiu no palco durante o show e o agarrou pelas pernas. "Hoje em dia ouvimos mais 'minha mãe é louca por você' ou 'minha vó é sua fã'. Mães a gente sempre ouvia, era comum, mas agora vó é novidade este ano", brincou.

Ao final da entrevista, eles animaram a plateia com as músicas "Primavera Tropical" e a clássica "Olhar 43". 

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