Bill Cosby está sendo processado por ter abusado sexualmente de uma mulher quando ela tinha 15 anos, nos anos 1970. Esse é o primeiro processo contra o humorista que surge desde que várias acusações de abuso contra ele vieram à tona em outubro.  

De acordo com a revista "People", a mulher, Judy Huth, deu entrada no processo no Tribunal Superior de Los Angeles na última terça-feira (2), acusando Cosby de agressão sexual, imposição de sofrimento emocional de forma intencional, e imposição negligente de sofrimento emocional. O caso aconteceu em 1974.

Nos documentos, a mulher relata que Cosby se aproximou dela e de uma amiga de 16 anos enquanto elas observavam de longe as gravações de um filme que contava com ele no elenco, em um parque da Califórnia. O ator, mesmo sabendo da idade das meninas, as convidou para ir a seu clube no fim de semana seguinte.

No clube, Cosby deu bebidas alcóolicas para as duas meninas e as levou para a mansão da "Playboy", aconselhando-as a dizerem que tinham 19 anos caso alguém perguntasse. Quando Huth foi ao banheiro, o humorista a encontrou em um quarto adjacente e começou a "abusar sexualmente dela, tentando colocar a mão dele por baixo das calças dela e colocando a mãe dela na dele, realizando um ato sexual nele mesmo sem o consentimento dela".

Huth disse que só lembrou do ocorrido três anos atrás e percebeu que ele foi a casa de "angústia mental" e "problemas significativos em sua vida". Ela pede um julgamento por júri e uma indenização ilimitada por danos.

O advogado de Cosby, Martin Singer, ainda não se pronunciou sobre o processo.

Biógrafo de Cosby diz que errou ao deixar acusações de abuso fora de livro

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Do UOL, em São Paulo

25/11/201411h44

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Mark Whitaker, que lançou em setembro uma biografia sobre Bill Cosby, admitiu publicamente que errou ao omitir as acusações de estupro e abuso sexual contra o ator e humorista de seu livro.

O autor se pronunciou em seu Twitter na última segunda-feira (24), após ser criticado por um colunista do jornal "The New York Times", David Carr. "David, você está certo. Eu errei em não lidar com as acusações de abuso sexual contra Cosby e não ir atrás delas de forma mais agressiva", escreveu.

Em seguida, Whitaker completou: "Estou acompanhando os novos desdobramentos e irei falar sobre eles no momento apropriado. Se verdadeiras, as histórias são chocantes e horríveis".

Desde a publicação do livro "Cosby: His Life and Times", o escritor tem sido questionado por deixar de fora várias das acusações, incluindo uma que resultou em um acordo entre Cosby e uma mulher, feito extrajudicialmente em 2006. Em seu texto no "NY Times", Carr criticou Whitaker por não ter investigado o assunto, dizendo "qualquer livro do tamanho e do escopo daquele do Sr. Whitaker deveria ter feito isso".

Acusações

No final do mês de outubro, vieram à tona várias acusações contra Cosby. Mulheres apontam o comediante como autor de diversos abusos sexuais e estupros. Uma delas foi a ex-modelo e apresentadora de TV Janice Dickinson. Em entrevista ao programa "Entertainment Tonight", ela disse que o comediante a drogou e estuprou após um encontro, nos anos 1980. Segundo notícias publicadas nos Estados Unidos, no total, 13 mulheres que fizeram acusações similares contra o comediante também teriam se oferecido a testemunhar no caso.

Famoso por interpretar o patriarca de uma família de classe média afro-americana no longevo seriado "The Cosby Show", exibido na emissora NBC entre 1984 e 1992, Cosby está no olho do furacão desde que o comediante Hannibal Buress o chamou de "estuprador" durante um show de "stand-up" mês passado na Filadélfi