Netinho critica Pelé e Bolsonaro e diz que pagou caro por soco em Vesgo
Do UOL, em São Paulo
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Divulgação
Netinho critica Pelé e Bolsonaro e diz que pagou caro por soco em Vesgo
Netinho de Paula fez críticas a Pelé sobre o empenho do ex-jogador no combate à luta contra o preconceito racial e disse que Jair Bolsonaro é o político, no qual jamais tiraria o chapéu. Durante participação no "Programa Raul Gil", do SBT, exibido neste sábado (10), o cantor recordou ainda sobre a briga com o repórter Vesgo, do "Pânico", e afirmou que pagou caro pelo soco.
"Eu me arrependi de ter dado o soco. Eu não deveria ter feito aquilo. [Mas] o Vesgo foi indelicado. Era o Dia da Consciência Negra. O que era isso para ele? Nada. O que ele fez não tem nenhum problema. Já o soco tem. O soco é uma agressão. No Brasil tem disso", desabafou. "Ele nunca foi o meu amigo. Eu paguei muito caro pelo soco. Paguei 40 mil [de indenização]", acrescentou o cantor.
A briga aconteceu durante uma entrevista, e o humorista ganhou na Justiça, em 2010, direito a uma indenização de R$ 44 mil pelo ocorrido.
Famoso pela luta contra o preconceito racial, Netinho criticou o Rei Pelé e o chamou de "omisso". "Eu imagino o quanto Pelé sofreu, o quanto ele foi ofendido, mas será que essa luta não teria sido atenuada se ele tivesse feito o que o Aranha [goleiro do Santos ofendido por torcedores do Grêmio] fez, o de parar o jogo e dizer que não admitia [os xingamentos]? Talvez, 30 ou 40 anos depois, isso não estaria ocorrendo. Então, não pode se omitir", afirmou.
Questionado sobre a política, Netinho disse que o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) é um dos políticos no qual jamais tiraria o chapéu. "Eu acho que político tem que ter responsabilidade. Esses que são radicais, como o Bolsonaro, por exemplo, que é contra negros, contra gays, contra isso, contra aquilo, acho que não ajudam em nada", disse.
O cantor admitiu ainda já ter sido traído e ter sido infiel em seus relacionamentos, falou sobre seus planos para a televisão, a relação com os filhos e disse que foi usado pela mídia no caso da agressão a ex-mulher, Sandra Mendes, em 2005.