Novo julgamento examina vida e morte de Michael Jackson a partir de segunda

Jill Serjeant

De Los Angeles (EUA)

Quase quatro anos depois de sua morte chocante, a vida bizarra e a lamentável morte de Michael Jackson vai estar novamente exposta no julgamento civil de 40 bilhões de dólares, que coloca em lados opostos a família do cantor e os organizadores de seu retorno musical que nunca aconteceu.

As declarações iniciais do julgamento, que se espera ser emocional e durar três meses, estão marcadas para segunda-feira (29). O objetivo da ação é apurar a responsabilidade da empresa AEG Live, promotora da série de concertos que seria realizada em Londres em 2009, pela morte do cantor de "Thriller".

A ação, aberta pela mãe de Michael, Katherine Jackson, em nome dos três filhos do cantor, alega que a empresa de capital fechado AEG Live foi negligente ao contratar o médico Conrad Murray, condenado em 2011 por homicídio culposo involuntário, para cuidar do cantor, enquanto ele ensaiava para a série de 50 shows.

Jackson, 50, afogado em dívidas e procurando reconstruir uma reputação danificada por seu julgamento e absolvição em 2005 por abuso sexual infantil, morreu em Los Angeles de uma overdose do poderoso anestésico cirúrgico propofol e um coquetel de outros sedativos em junho de 2009.

Seu médico pessoal, o doutor Conrad Murray, está cumprindo pena de quatro anos de prisão, depois de ter sido condenado por negligência criminosa por administrar propofol a Jackson como sonífero.

O julgamento de seis semanas de Murray em 2011 retratou a ex-estrela infantil, conhecido por seus impressionantes movimentos de dança e espetaculares performances públicas, como um homem drogado fora do palco, que dormia com uma boneca de brinquedo em sua cama, e cuja turnê de retorno foi assolada por problemas.

O julgamento civil em Los Angeles deverá ser também sensacionalista, apesar de ter sido recusado o pedido das redes de TV para cobertura ao vivo.

AEG Live afirma que não contratou ou supervisionou Murray e que Jackson tinha problemas com drogas prescritas anos antes de fechar qualquer acordo para os concertos em Londres "This is It".

Os promotores dos concertos também argumentam que não poderiam ter previsto que Murray se tornaria um perigo para Jackson.

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