Deputado nega racismo e diz que não entendeu a pergunta de Preta Gil

do UOL, no Rio

O deputado federal Jair Bolsonaro (PP), acusado de racismo pela cantora Preta Gil, nega que tenha preconceito contra negros. Jair alega que não entendeu a pergunta feita pela cantora no quadro "O povo quer saber", do programa "CQC", exibido nesta segunda (28).

ASSISTA À DECLARAÇÃO DE JAIR NO "CQC"

Convidada a enviar uma pergunta ao parlamentar, Preta quis saber como o deputado reagiria caso seu filho namorasse uma negra. Jair diz ter entendido como reagiria se um filho seu tivesse relacionamento gay. E deu a seguinte resposta: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco porque meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu." Preta declarou no Twitter que vai tomar medidas legais contra o deputado federal.

Leia na íntegra o comunicado publicado no site de Bolsonaro, nesta terça (29):

"A respeito de minha resposta à cantora Preta Gil, veiculada no Programa CQC, da TV Bandeirantes, na noite do dia 28/03/2011, são oportunos alguns esclarecimentos. A resposta dada deve-se a errado entendimento da pergunta - percebida, equivocadamente, como questionamento a eventual namoro de meu filho com um gay. Daí a resposta: “Não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Não corro esse risco porque os meus filhos foram muito bem educados e não viveram em ambientes como lamentavelmente é o teu.”  Todos aqueles que assistam, integralmente, a minha participação no programa, poderão constatar que, em nenhum momento, manifestei qualquer expressão de racismo. Ao responder por que sou contra cotas raciais, afirmei ser contrário a qualquer cota e justifiquei explicando que não viajaria em um avião pilotado por cotista nem gostaria de ser operado por médico cotista, sem me referir a cor. O próprio apresentador, Marcelo Tas, ao comentar a entrevista, manifestou-se no sentido de que eu não deveria ter entendido a pergunta, o que realmente aconteceu. Reitero que não sou apologista do homossexualismo, por entender que tal prática não seja motivo de orgulho. Entretanto, não sou homofóbico e respeito as posições de cada um; com relação ao racismo, meus inúmeros amigos e funcionários afrodescendentes podem responder por mim."

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