Michael Jackson tinha Propofol no estômago quando morreu, diz toxicologista

Da Redação

O toxicologista Daniel Anderson, em depoimento nesta quinta-feira (06), oitavo dia de julgamento de Conrad Murray, médico acusado de homicídio culposo de seu paciente Michael Jackson, afirmou que segundo exames realizados na autópsia, foram encontrados 0,13 miligramas de Propofol no estômago do cantor.

Embora a primeira suposição tenha sido de que se foi encontrado Propofol no estômago, o remédio foi ingerido, o que sustentaria a tese da defesa de que Michael Jackson se automedicou, Anderson fez questão de explicar que não é bem assim.

"O fato da droga ter sido encontrada no estômago não indica que ela foi necessariamente administada de forma oral. Ela poderia ter sido fumada ou injetada ou entrar de outro jeito no organismo, que ainda assim seriam encontrados resíduos no estômago", afirmou Daniel Anderson em seu testemunho.

O laboratório analisou oito amostras em seu estudo. Pedaço do fígado e do estômago, sangue do coração, do fêmur, do humor vítreo, e das amostras colhidas no hospital no dia da morte de Jackson, além da urina da autópsia e da urina encontrada no quarto do cantor.

Havia Propofol em todas as amostras. A defesa de Conrad Murray tentou argumentar que como o Propofol estava em níveis equilibrados em todos os exames, indicaria que Jackson estava sendo medicado regularmente e 'pingando', termo que se usa quando se mistura uma droga no soro e controla sua vazão. Entretanto, a teoria foi cortada por objeções da promotoria acatadas pelo juiz Michael Pastor.

A causa oficial da morte de Michael Jackson foi "intoxicação aguda por Propofol", somado aos efeitos de sedativos à base de benzodiapina, tal como o lorazepam.

O exame toxicológico de Michael Jackson também apontou positivo para lidocaína, diazepam, lorazepam e efedrina, e deu negativo para drogas ilegais como maconha, cocaína, metanfetamina e outros.

Digitais

Antes do depoimento de Anderson, foi divulgado um estudo da polícia de Los Angeles que informou que as digitais de Michael Jackson não foram encontradas nas ampolas, seringas ou em nenhuma das 23 evidências retiradas da casa do cantor. A informação contraria a apelação inicial da defesa de Conrad Murray, de que Jackson teria se automedicado com uma alta dose de Propofol.

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