Agildo Ribeiro descobre filho aos 81 anos e diz que recebeu um presente de Deus
Ana Cora Lima
Do UOL, no Rio
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Divulgação/TV Globo
Agildo Ribeiro está feliz e surpreso com a descoberta da paternidade tardia
Um presente de Deus. Essa foi a definição que Agildo Ribeiro deu ao descobrir aos 81 anos que é pai pela primeira vez. O filho, o comerciante Marcelo Galvão, 47, nasceu de uma relação rápida que o ator teve em 1964 com a mãe do rapaz, já falecida. "Eu era solteiro, morava sozinho em Copacabana e só tinha pecados na cabeça. Fui pego totalmente de surpresa com essa revelação. Descobrir que você é pai nessa altura da vida só pode ser um milagre", contou com exclusividade ao UOL, Agildo Ribeiro.
Enquanto corre os trâmites legais para o reconhecimento da paternidade - os exames comprovaram o parentesco - Agildo vai conhecendo melhor o filho. "Nos encontramos algumas vezes. É um menino, ou melhor, um homem muito bacana, tranquilo, educado e está surpreso e feliz. Não dá para criar um afeto da noite para o dia, criar uma relação de pai e filho assim de forma instantânea, mas nós vamos tentar", admitiu Agildo que tratou de explicar o motivo da descoberta tão tardia.
"Ele foi criado pelos avós como filho. A mãe deu para os pais e isso era muito comum naquela época. O preconceito era grande em cima de uma jovem solteira e com um filho. O avô morreu primeiro e há dois anos, perto de morrer, a avó contou a verdade. Ele demorou a assimilar tudo isso e só agora veio me procurar. Foi tudo de maneira muito calma e sábia", disse o humorista.
Morando sozinho no Leblon, Agildo é viúvo há seis anos. A companheira de 35 anos, a ex-bailarina Nídia Riberio, a Didi, não foi esquecida nesse momento de alegria do ator. "Tenho a certeza de que se ela estivesse aqui, ela estaria muito feliz com a notícia. Didi iria fazer questão de que ele morasse com a gente, que fosse criado por nós. Ela sempre quis ter um filho, me dar um herdeiro. Durante anos, fizemos vários tratamentos, mas não deram certo. Que coisa, né?", comentou.
Atrasado para uma reunião, Marcelo, que deve assinar agora com o sobrenome Barata Ribeiro atendeu a ligação do UOL. "Estou muito feliz. Muito feliz mesmo. Se Deus quiser vai dar tudo certo. Já está dando. Está tudo ótimo", revelou o comerciante que em 2010 foi candidato a deputado estadual pelo PC do B, mas não chegou a ser eleito. "Puxou o avô. Sangue é fogo, né? Meu pai foi dirigente do partido. E isso tudo sem ele saber, ter noção de que era um Barata Ribeiro. Coisas do destino!", explicou Agildo ao lembrar a candidatura do filho.