Paulo Gustavo conta que desistiu de morar sem a companhia da mãe
Claudia Dias
Do UOL, no Rio de Janeiro
Paulo Gustavo está colhendo os frutos do sucesso das histórias de dona Hermínia, personagem inspirada em sua mãe. O monólogo, que originou o filme "Minha Mãe é uma Peça" e já levou mais de dois milhões de espectadores ao cinema, volta em breve ao teatro, no Rio. A geniosa e histérica mãe "tem história para gravar mais dez longas", diz Paulo, e deve ganhar uma sequência nas telonas. Com o trabalho, conquistou a independência financeira, mas não desfez os "laços maternos". O humorista de 34 anos contou que investiu o dinheiro que ganhou no teatro: "Pensei em construir uma casa grande, virar homem, morar sozinho. P. nenhuma". Descobriu que não conseguiria ficar ali sem a companhia da mulher que inspirou Hermínia.
Trailer de "Minha Mãe é Uma Peça"
"Construí uma casa linda, com piscina e tudo, chamei meus amigos. Passou uma semana, e eu falei 'gente, não dá para morar nesse casarão não. Tenho medo de espírito, tenho medo de ladrão entrar nessa m. e eu estar sozinho aqui'. Aí, liguei para mamãe e pedi para ela morar comigo de novo", contou, em entrevista ao UOL.
A popularidade alcançada com o filme não assusta Paulo. Muito pelo contrário. Para ele, o sucesso foi galgado degrau por degrau. "Eu sinto que, com o cinema, subi um degrauzinho da fama. Venho construindo isso ao longo dos anos. Não sou aquele cara que entrou na novela, e pensou: 'caraca, to famoso!'. Fui na padaria agora, e todo mundo me reconheceu. Comigo não foi assim. Começou pequeninho, hoje está muito maior, mas isso foi uma coisa gradativa. Não foi rápido, que eu acho que é mais sólido", comparou.
Enquanto produz o texto da continuação do longa para 2014, o humorista acaba de estrear o "Vai que Cola", que terá episódios inéditos durante dois meses no canal pago Multishow, de segunda a sexta, às 22h30. Seu personagem, o enrolado Valdomiro Lacerda, é o protagonista da história e quem mais diverte a plateia. "Estou adorando esse projeto do Multishow. São dez autores que escrevem e o elenco é maravilhoso. É como se estreássemos uma nova peça a cada dia, e, ao mesmo tempo, temos a liberdade de errar, voltar, cortar, o que no teatro não tem", afirmou.
Humilde, disse que contracenar com gente talentosa é um grande atrativo. "Está sendo mais interessante ainda pelo fato de estar gravando com um monte de comediante e contracenar com eles. Faço monólogo há sete anos. Agora, estou na Disneylândia, contou o ator, que brinca na coxia: "Fala rápido que eu tenho que ir para o Instagram".