"Não me vejo ainda como mulher", diz Bruna Marquezine, aos 18
Renato DamiãoDo UOL, no Rio
2013 está passando como um furacão na vida de Bruna Marquezine. No ano em que completou 18 anos, assumiu um relacionamento sério com o craque brasileiro Neymar - que foi transferido para jogar na Espanha - estrelou uma novela no papel de uma periguete e, entre viagens para encontrar o namorado, mostrou suas habilidades como dançarina no quadro "Dança dos Famosos" do Faustão.
"Este ano foi bem importante para mim. Começou com a personagem Lurdinha [de "Salve Jorge"], que o público passou a me ver como mulher, até o meu namoro e tudo o que veio em seguida", relembrou, durante passagem pelo Rock in Rio para ver o show do John Mayer, que ela adora.
Tantas foram as mudanças, que Marquezine teve que lidar pela primeira vez com o interesse sobre a sua vida íntima, e como ela mesmo disse, com "notas maldosas da imprensa".
"Quando somos crianças não lidamos com isso, mas não me vejo ainda como uma mulher, sou uma jovem de 18 anos", afirmou.
No "Dança", Marquezine mostrou que seu corpo também passou por mudanças nos últimos meses. "Testei meus limites e aprendi mais sobre meu corpo, foi uma experiência incrível". Bruna, que era apontada como uma das favoritas, acabou não levando o prêmio: "Claro que ganhar é bom, mas sempre quis ter orgulho das minhas apresentações, me ver e saber que eu fiz o melhor".
De certo modo, Marquezine abriu caminho para sua irmã caçula, Luana, de 11 anos, começar também sua carreira artística. A pequena, que faz teatro na escola, vai participar do primeiro capítulo da próxima novela do Maneco [Manoel Carlos] e, segundo a irmã, está feliz. "Sou uma irmã cuidadosa, converso com ela, explico como é a carreira. Tudo está acontecendo muito naturalmente, assim como aconteceu comigo, ninguém forçou nada".
Festival
Neste sexto dia de Rock in Rio, John Mayer e Bruce Springsteen são as atrações mais esperadas do Palco Mundo, aberto pelos brasileiros do Skank – que tocaram sucessos da carreira e tiveram convidados como Emicida e Nando Reis –, e que recebe também Phillip Phillips.
O Palco Sunset abre espaço para os encontros de Orquestra Imperial e Jovanotti, Moraes Moreira, Pepeu Gomes e Roberta Sá, Ivo Meirelles, Fernanda Abreu e Elba Ramalho e finalmente Gogol Bordello e Lenine -- que encerra a programação tocando sozinho.
"Ame ou odeie"
O Bon Jovi encerrou a sexta em marcha lenta. Sem o baterista Tico Torres (substituído de última hora) e o guitarrista Richie Sambora (já em situações de conflito há algum tempo), restou para Jon e o tecladista David Bryan defenderem os clássicos da banda. Não deu muito certo, o show estava modorrento. De diferente, estava a fã que subiu ao palco e ganhou selinho e o cover de "Start Me Up", dos Rolling Stones.
Exemplo do perfil de "ame ou odeie" que parece recair sobre as atrações do quinto dia, o Nickelback venceu as desconfianças e foi acompanhado pela plateia do início ao fim da apresentação com um repertório que alternava faixas mais pesadas como "Animals" a baladas como "Photograph" e "How You Remind Me".
Já o Matchbox Twenty ajudou a esquentar o público para o Bon Jovi cantantando sucessos radiofônicos como "3 A.M." e "Unwell" e "Push". "So Sad So Lonely", do álbum "More Than You Think You Are" (2002), com seus solos e pegada mais roqueira, foi uma das faixas que mais cativaram o público. Velho conhecido do Rock in Rio, Frejat teve a responsabilidade de abrir o Palco Mundo, com show recém-saído do forno.
No Palco Sunset, conhecido por duetos e encontros de diferentes artistas, o destaque foi o show de Ben Harper, que estreou no Rock in Rio ao lado do lendário bluesman Charlie Musselwhite. O espaço ainda recebeu apresentações The Gift e Afrolata, Grace Potter and The Nocturnals e Donavon Frankenreiter e Mallu Magalhães com a banda Ouro Negro.
A vez do rock no Rio
A segunda parte do Rock in Rio, que se estende até domingo e conta com atrações mais roqueiras e pesadas do que na semana passada, teve início nesta quinta. O destaque da noite foi a apresentação do Metallica, que voltou ao festival após dois anos, com repertório que revirou praticamente toda a discografia da banda em um show de 2 horas e 10 minutos de duração.
O Palco Mundo teve ainda os veteranos do grunge Alice in Chains, os brasileiros do Sepultura, que tocaram junto com o grupo francês de percussão Tambours du Bronx, e os suecos do Ghost BC, em sua apresentação performática repleta de provocações à igreja católica. Pelo Palco Sunset, passaram dois antigos conhecidos dos fãs de rock no Brasil: o ex-Skid Row Sebastian Bach e Rob Zombie, que já tinha vindo ao país em 1996 à frente da banda de metal White Zombie.
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