A fase em que foi garoto de programa é apenas uma das revelações bombásticas que o ator francês Gérard Depardieu, de 65 anos, faz em sua recém-lançada autobiografia, "Ça C'est Fait Comme Ça". Segundo o "Daily Mail", que publicou trechos do livro no último domingo (5), ele começou a se prostituir aos 10 anos nas ruas de Chateauroux, cidade em que nasceu, e em Paris. "Sei desde muito jovem que agrado os homossexuais", declarou o ator ao escritor Lionel Duroy.  

Astro de filmes como "Green Card - Passaporte Para o Amor", "Cyrano de Bergerac" e "Asterix e Obelix", Depardieu afirmou ainda que de vez em quando roubava alguns de seus clientes. "Aos 20 anos, o bandido em mim estava com tudo. Eu batia no cara e ia embora com todo o dinheiro dele". Ele chegou a passar um tempo na prisão por sua vida de crimes, que incluía ainda roubar túmulos. Segundo o livro, o ator ajudava um homem a desenterrar corpos recém-enterrados para afanar joias e roupas.

A autobiografia fala ainda da conhecida relação de Depardieu com o álcool - recentemente ele chegou a afirmar que consegue beber facilmente 14 garrafas de vinho por dia. No entanto, ele afirma não ser um alcoólatra, mas afirma beber para fugir de suas fobias. "Não consigo dormir até estar completamente bêbado".

Outro tópico abordado na obra é sua controversa decisão de obter cidadania russa para fugir dos impostos cobrados na França, que chegam a 87% para cidadãos com alta renda. Referindo-se a seu país como "uma bagunça imunda", o intérprete alega ter gritado com o presidente francês François Hollande pelo telefone. "Está feliz agora?", teria dito logo após deixar seu país natal.

Já em relação ao chefe de estado russo, Vladimir Putin, com quem mantém amizade desde 2008, Depardieu diz ter percebido que os dois têm muito em comum. "Acho que ele gostou de cara do meu lado hooligan, de volta e meia ser tirado da calçada bêbado".