Galã de "Alto Astral", Guizé fala sobre assédio: "Não quero ser agredido"

Giselle de Almeida
Do UOL, no Rio
Ellen Soares/TV Globo
Sergio Guizé é Caíque em "Alto Astral"

 

Sergio Guizé não é de badalação. Mas, mesmo que tente levar uma rotina tranquila quando não está no Projac gravando como o Caíque de "Alto Astral", ele reconhece que o assédio mudou desde que se tornou protagonista da novela das sete. Foi assim recentemente quando ele "inventou de ir ao Lollapalooza", em São Paulo.

"As pessoas sempre vinham falar comigo sobre trabalho. Agora rola um 'Você é famoso, não é?'", diverte-se o paulista de 34 anos, que também foi renovar a carteira de motorista e virou o centro das atenções no posto do Detran.

Por mais que não seja nenhum novato na TV, a posição de galã na trama de Daniel Ortiz o expôs a um público maior. Mas o assédio não incomoda, ele garante - desde que não ultrapasse certos limites. "Depende de como abordam. Não quero ser agredido, ninguém quer. Tem gente que puxa, no show mesmo tinha gente com a câmera na minha cara. Não falei nada, mas é desagradável, falta de respeito. Mas a maioria das pessoas é muito educada. Muitas nem pedem para tirar foto, vêm só para elogiar o trabalho", afirma ele. 

Isabella Pinheiro/Reprodução/Gshow
Em cena da novela com Nathalia Dill: torcida por um final feliz

Embora a novela tenha um grande apelo sobre a questão da espiritualidade, Guizé diz que o tema acaba ficando em segundo plano para o público, que não suporta mesmo as muitas armações de Marcos (Thiago Lacerda) para prejudicar o irmão. A crueldade do vilão acaba gerando alguns comentários mais raivosos dos telespectadores. "Aí eu tenho que explicar que ele é um cara incrível, um dos meus melhores amigos e um grande ator (risos). Tem gente que confunde muito", conta ele, que mantém a discrição na vida pessoal e desconversa quando o assunto é o namoro na vida real com a atriz Nathalia Dill. 

Na ficção, no entanto, ele torce pelo final feliz entre Caíque e Laura. "O amor sempre vence", filosofa.

Depois da novela, o intérprete, que já cursou faculdade de Artes Plásticas, tem planos de expor alguns de seus quadros numa mostra coletiva, em São Paulo, e de rodar três longas: "Barata Ribeiro", "Uma Pilha de Pratos na Cozinha" e "Tudo Bem, Tudo Bom". No último, ele será protagonista, um escritor que vive em Paris, o que está lhe exigindo uma dedicação maior às aulas de francês, que pratica duas vezes por semana com uma professora particular. "Tinha uma noção da língua, mas a gente acaba esquecendo. Agora o personagem vai exigir bem mais", conta ele, que deve passar dois meses a trabalho na capital francesa.
 
Entre um compromisso e outro como ator, ele mantém os shows com sua banda, Tio Che. "A rotina é normal. Quando não posso ir, a banda toca sem mim. Antes de gravar novela, eu fazia três peças ao mesmo tempo, de segunda a segunda. Nessa época, eu não tinha contrato", diverte-se.