Camarote do "vipinho" e "vipão" diz que não quis diferenciar convidados
Do UOL, em São Paulo
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Lista de camarote no Rock in Rio separa convidados entre "vipão" e "vipinho"
Depois do vazamento da lista de um camarote do Rock in Rio que separava os convidados entre "vipinhos" e "vipões", a assessoria da marca que cuida do espaço disse, em comunicado, que os termos foram usados para designar o lugar para o qual as pessoas iriam se dirigir ao chegar no evento.
"Eles viriam aqui para a área Heineken (que chamamos de vipinho por ser um espaço menor) ou direto para a área vip do Rock in Rio (que chamamos de vipão por ser um espaço maior)", disse a assessoria que cuida do espaço, em comunicado. "Esses termos foram para designar os lugares, sem intenção de distinguir ou diferenciar nossos convidados".
A planilha que separava os artistas entre as duas categorias foi divulgada pelo colunista social Bruno Chateaubriand nesta sexta-feira (20) em seu Instagram. A atriz Milena Toscano, por exemplo, e o ator Marco Pigossi, que está no ar na atual trama das sete da Globo, "Sangue Bom", são descritos como "vipinhos". Já as atrizes Bárbara Paz e Mariana Rio são "vipões".
Também são considerados "vipinhos" o promoter David Brazil, a repórter do Multishow Dani Monteiro, a atriz Bárbara Borges, o repórter da TV Xuxa Bernardo Mesquita, o comentarista Alex Escobar e os atores Jorge Pontual, Eduardo Galvão e Rafael Calomeni.
Bem-humorado, Brazil garantiu não ter se surpreendido com os termos usados na lista e ainda brincou que adora ser "vipinho". "Nós que trabalhamos com isso sabemos que é normal. As pessoas de fora podem achar que é preconceito, mas não é. É a realidade. Tem famosos que atraem muito mais mídia que outros, como uma Juliana Paes e uma Carolina Dieckmann, por exemplo. Mas sempre que a Heineken quiser estarei lá no vipinho bombando", disse, aos risos.
Público no 2º final de semana do Rock in Rio
Veja Álbum de fotosNickelback e Matchbox Twenty
O Bon Jovi encerrou a sexta-feira com um show em marcha lenta. Sem o baterista Tico Torres (substituído de última hora) e o guitarrista Richie Sambora (já em situações de conflito na banda há algum tempo), restou para Jon e o tecladista David Bryan defenderem os clássicos da banda. Não deu muito certo, o show estava modorrento. De diferente, estava a fã que subiu ao palco e ganhou selinho de Jon e o cover de "Start Me Up", dos Rolling Stones.
Exemplo clássico do perfil de "ame ou odeie" que parece recair sobre praticamente todas as atrações deste quinto dia de Rock in Rio, os canadenses do Nickelback - liderado por Chad Kroeger, atual marido da cantora Avril Lavigne - são ao mesmo tempo uma das bandas que mais vendeu discos no mundo, mas também uma das mais perseguidas pelos odiadores da internet. Ao contrário do que se poderia esperar, porém, o grupo não teve de enfrentar vaias e foi acompanhado pela plateia do início ao fim da apresentação com um repertório que alternava faixas mais pesadas como "Animals" a baladas como "Photograph" e "How You Remind Me".
Os principais shows do 5º dia resumidos em um "tuíte"
Veja Álbum de fotosJá o Matchbox Twenty ajudou a esquentar o público para o Bon Jovi cantantando sucessos radiofônicos como "3 A.M." e "Unwell" e "Push". "So Sad So Lonely", do álbum "More Than You Think You Are" (2002), com seus solos e pegada mais roqueira, foi uma das faixas que mais cativaram o público, que acompanhou com palmas, enquanto o vocalista descia do palco para cumprimentar o fãs. "Procuramos por isso [tocar no Rock in Rio] durante nossa vida inteira", afirmou o vocalista Rob Thomas logo no início da apresentação.
Velho conhecido do Rock in Rio, Frejat teve a responsabilidade de abrir o Palco Mundo, com show recém-saído do forno. Encarnando um crooner romântico, o cantor e guitarrista deu o pontapé na nova turnê com o sugestivo nome "O Amor é Quente" --título de sua nova música, cujo clipe foi lançado nesta sexta-feira (20) exclusivamente pelo UOL. O tal show novo não teve tantas novidades assim. Fora a música inédita, Frejat cantou "Divino, Maravilhoso", famosa na voz de Gal Costa, "A Minha Menina", de Jorge Ben, e "Não Quero Dinheiro", de Tim Maia, além de sucessos do Barão Vermelho e Cazuza como "Malandragem", "Bete Balanço" e "Pro Dia Nascer Feliz".
No Palco Sunset, conhecido por duetos e encontros de diferentes artistas, o destaque foi o show de Ben Harper, que estreou no Rock in Rio ao lado do lendário bluesman Charlie Musselwhite. O espaço ainda recebeu apresentações The Gift e Afrolata, Grace Potter and The Nocturnals e Donavon Frankenreiter e Mallu Magalhães com a banda Ouro Negro.
Recebida com gritos de "linda" e "maravilhosa" dos fãs, Mallu agradou uma plateia formada essencialmente de jovens. Quando a Banda Ouro Preto, conhecida por acompanhar o jazzista Moacir Santos, ficou sozinha no palco, parte do público começou a dispersar.
A vez do rock no Rio
A segunda parte do Rock in Rio, que se estende até domingo e conta com atrações mais roqueiras e pesadas do que na semana passada, teve início nesta quinta. O destaque da noite foi a apresentação do Metallica, que voltou ao festival após dois anos, com repertório que revirou praticamente toda a discografia da banda em um show de 2 horas e 10 minutos de duração.
Os shows do 4º dia do festival em um "tuíte"
Veja Álbum de fotosO saudosismo também deu as cartas no show dos veteranos do grunge Alice in Chains, que levaram os fãs de volta ao ano de 1992, época em que a banda lançou "Dirt", um de seus álbuns mais celebrados, que ajudou a compor o repertório da apresentação.
Principal palco do festival, o Mundo teve ainda nesta quinta os brasileiros do Sepultura, que tocaram junto com o grupo francês de percussão Tambours du Bronx, e os suecos do Ghost BC, em sua apresentação performática repleta de provocações à igreja católica que não animou muito o público da Cidade do Rock.
Pelo Palco Sunset, passaram nesta quinta-feira dois antigos conhecidos dos fãs de rock no Brasil: o ex-Skid Row Sebastian Bach e Rob Zombie, que já tinha vindo ao país em 1996 à frente da banda de metal White Zombie.