Bryan Singer entra com pedido para indeferir processo de abuso, diz revista

Do UOL, em São Paulo

  • Getty Images

    Bryan Singer é acusado de molestar um adolescente de 17 anos

    Bryan Singer é acusado de molestar um adolescente de 17 anos

Bryan Singer fez um pedido formal na Justiça para que o processo de abuso sexual movido contra ele seja indeferido. De acordo com a revista "Hollywood Reporter", o diretor de "X-Men" usou trechos do acusador, Michael Egan, em um depoimento de 2003 para mostrar que nunca esteve com ele no Havaí, onde o crime supostamente teria ocorrido, e que, por esse motivo, o estado norte-americano não tem jurisprudência para julgar o caso.

O pedido de Singer cita duas passagens de um depoimento feito por Egan no processo que ele abriu por abuso sexual contra vários homens em 2000. Em uma delas, Egan afirma que nunca viajou para fora da porção continental dos Estados Unidos com os réus do processo mais antigo, contradizendo declarações que ele deu em 2014. Já em outra, o acusador diz que nenhuma outra pessoa além daqueles réus haviam abusado dele.

No documento, o cineasta ainda pede o direito de entrar com uma ação contra Jeff Hermann, o advogado de Egan.

O processo aberto neste ano se passa no mesmo período de tempo e no mesmo local que o de 2000. No anterior, porém, não eram nomeados os réus do processo aberto mais recentemente. Hermann ainda não deu explicações para o porquê de alguns nomes – incluindo o de Singer – terem sido omitidos do processo antigo.

Entenda o caso

Michael Egan contou que foi estuprado várias vezes durante festas promovidas por Singer e executivos, em 2000 - a mesma alegação que faz em seu processo.

Nos documentos, Egan alega que foi atraído pela primeira vez para uma mansão na Califórnia, quando tinha entre 14 e 15 anos, com a promessa que ganharia um papel em um de seus projetos. Lá ele teria consumido cocaína e uma pílula identificada como "triângulo verde", o que pode ser uma mistura entre ecstasy, Xanax, Rohypnol e Vicodin ou Percocet, além das bebidas alcoólicas.
 
A ação apresenta detalhes dos encontros entre a suposta vítima e Singer como quando o rapaz foi forçado a fazer sexo oral no diretor fora de uma piscina e com a cabeça dentro d'água, além de sexo anal enquanto estava dopado.
 
Segundo a denúncia, eles entraram nus em uma jacuzzi, onde Collins-Rector "acariciou as genitais" do jovem, e Singer serviu a ele uma bebida alcoólica. O diretor prometeu a Egan um papel em seu próximo filme.
 
Singer teria masturbado Egan e feito sexo oral nele. Depois, pediu que ele fizesse o mesmo, mas o jovem se negou.
 
Mesmo assim, Singer obrigou o menor a entrar na jacuzzi e a satisfazer seu pedido. Depois, tirou Egan da piscina, "onde o sodomizou".

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