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08/06/2007 - 16h27

Justiça ordena a Paris Hilton voltar à prisão

AFP

A socialite Paris Hilton

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LOS ANGELES, 8 Jun 2007 (AFP) - A herdeira milionária da rede de hotéis Paris Hilton recebeu ordem de voltar à prisão nesta sexta-feira por um tribunal de Los Angeles, no dia seguinte de sua libertação antecipada pelo departamento do xerife, informaram fontes judiciais.

Hilton, de 26 anos, terá que retornar à prisão de mulheres Century Regional Detention Center para cumprir a pena de 45 dias.

"Mamãe, mamãe, mamãe", gritou Hilton, aos prantos, ao ouvir do juiz Sauer que deveria retornar à prisão para cumprir o restante da sentença, segundo noticiou o site TMZ.com, especializado na vida das celebridades, acrescentando que a qualquer momento a polícia a levará para a prisão.

Sob uma impressionante cobertura da mídia, que fez recordar o caso de O.J. Simpson em 1995, Hilton foi tirada de sua mansão de West Hollywood (noroeste de Los Angeles) pela polícia chorando muito e foi levada ao tribunal pela manhã.

A jovem milionária havia tentado até a última hora, por meio de seus advogados, não ter se apresentar à audiência desta sexta-feira, marcada para as 09h00 locais (13h00 de Brasília) pelo juiz da Corte Superior, Michael Sauer, o mesmo que a condenou a 45 dias de prisão em 4 de maio.

Com o cabelo preso, Paris Hilton saiu às 10h20 locais (14h20 de Brasília) na parte de trás de um veículo policial de sua mansão, numa colina de West Hollywood (noroeste de Los Angeles), onde a esperavam centenas de fotógrafos e pelo menos três helicópteros, que transmitiam as imagens ao vivo para os principais noticiários do país.

Um dia depois de se beneficiar de uma liberdade antecipada da prisão feminina do condado de Los Angeles por "motivos médicos" não explicados pelo departamento do xerife, apenas três dias depois de entrar na prisão, Hilton se apresentou perante o juiz, que decidiu por seu retorno à prisão depois que a promotoria questionou a mudança repentina, determinada pelo xerife.

A bisneta do fundador da rede de hotéis que leva o seu sobrenome foi sentenciada em 4 de maio a 45 dias de prisão - que se reduziriam a 23 por bom comportamento - por violar sua liberdade condicional, ao dirigir com a carteira suspensa depois de ter sido detida dirigindo em estado de embriaguez.

Na manhã de quinta-feira, o departamento do xerife de Los Angeles permitiu, por razões médicas não especificadas, que Hilton deixasse a prisão e cumprisse os 40 dias restantes da pena em casa.

Mas a promotoria condenou a medida, pedindo uma audiência para resolver o eventual retorno da herdeira para a prisão, enumerando os passos que foram transgredidos para tomar esta decisão.

Além disso, o promotor pediu ao tribunal uma ordem para que o departamento do xerife demonstre as causas que o levaram a dar prisão domiciliar à jovem, apenas três dias depois de começar a cumprir uma pena que deveria ser completada numa cela.

A promotoria lembrou que em 4 de maio, quando Hilton foi condenada, o juiz Sauer se negou a fazer qualquer mudança em sua sentença, o que implicaria no uso de um bracelete eletrônico em prisão domiciliar.

Foi precisamente esta a decisão tomada pelo departamento do xerife na quinta-feira, ao tirar Hilton da prisão depois de três dias atrás das grades para que cumprisse o restante da pena em sua mansão de Hollywood com o bracelete eletrônico, anunciou o porta-voz da delegacia, Steve Whitmore.

De sua prisão domiciliar, a jovem milionária agradeceu, por meio de um comunicado, "o tratamento justo e profissional" que recebeu da polícia do condado de Los Angeles e dos funcionários da prisão feminina.

Sua saída antecipada da prisão provocou indignação nos defensores dos direitos civis, incomodou o sindicato de policiais da cidade e inspirou ironias na 'blogosfera', com condenações ao tratamento preferencial dado à rainha do jet set de Hollywood.

O promotor Rocky Delgadillo disse que "se as forças de ordem quiserem ser respeitadas por aqueles que estão encarregados de proteger, não podemos tolerar um sistema carcerário com dois pesos, onde os ricos e os poderosos são tratados de forma especial".

Da mesma forma se expressaram o reverendo Al Sharpton, um dos líderes mais proeminentes nos Estados Unidos na defesa dos direitos civis, e o diretor da associação "Project Islamic Hope", Najee Ali.

O porta-voz da promotoria revelou que seu departamento "recebeu uma enxurrada de e-mails e telefonemas", não só de Los Angeles, mas de todos os Estados Unidos, de pessoas manifestando sua fúria com a medida.

Whitmore disse que Hilton "já cumpriu cinco dias (de pena), portanto lhe restam 40". Mas de fato, ela ficou presa três dias e algumas horas, com o privilégio de ocupar, sozinha, uma cela de 4 x 2,5 metros.

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