"A paternidade me sensibilizou", diz príncipe William
O príncipe William, que em julho passado se tornou pai de seu primogênito, admitiu que a paternidade o deixou mais sensível, e aumentou seus instintos de proteção e desejo de ajudar aos mais vulneráveis.
Em uma entrevista para um documentário sobre suas atividades de sustentabilidade da vida silvestre na África, o Duque de Cambridge disse que o nascimento de seu primeiro filho, o príncipe George, em 22 de julho passado, mudou sua vida para sempre. O segundo na linha de sucessão ao trono, quem junto a sua esposa, Kate Middleton, participará na quinta-feira (12) em Londres dos prêmios Tusk Conservations Awards por levar benefícios à África, disse que chorou depois de ver imagens de um rinoceronte atacado por caçadores, e confessou que o nascimento de seu filho mudou a forma como vê o mundo.
A apresentadora do documentário, Jane Treays, que também escreveu uma notícia sobre o assunto para a revista Radio Times, descreveu como William chorou ao ver as imagens do animal e como lamentou a caça indiscriminada de rinocerontes.
A entrevista foi realizada no último dia 2 de agosto no Palácio de Kensington, a nova residência em Londres dos Duques de Cambridge.
"As últimas semanas para mim têm sido uma experiência muito emocionante, algo que nunca pensei que sentiria", declarou o primogênito do príncipe Charles e a princesa Diana para o documentário, intitulado "A paixão do príncipe William: Novo pai, Nova esperança", (em tradução livre).
O programa irá ao ar na rede britânica ITV e na norte-americana CNN, no próximo domingo (15).
"Percebo que, inclusive depois deste período tão curto [desde o nascimento do bebê], agora muitas coisas me emocionam. Por exemplo, quando vejo um vídeo onde há muita emoção e sentimentos vinculados às ações de sustentabilidade e meio-ambiente. É muito poderoso", disse o neto da rainha Elizabeth II, de 31 anos.
William admitiu também que a paternidade reforçou sua conexão emocional com a África.
"A vida silvestre é incrivelmente vulnerável e sinto um instinto totalmente de proteção, mais agora que sou pai, razão pela qual me emociono tanto. Quero proteger os mais vulneráveis e aqueles que necessitam de proteção. Elefantes e rinocerontes e muitos outros animais que são perseguidos e que têm voz", continuou.
O futuro rei da Inglaterra, que foi pela primeira vez á África adolescente, afirmou que muitas vezes pensa sobre o tema quando sonha acordado.
"Muitas vezes sonho acordado e a África é definitivamente um dos lugares onde viajo com a imaginação. Tenho centenas de animais no meu iPhone, ruídos e sons, quando tenho um dia estressante, olho um búfalo, um grilo e viajo para o monte. Esta experiência me acalma, por completo", disse ele.
"A África me afetou emocionalmente e mentalmente. É um lugar mágico. Cada vez que volto me surgem coisas novas. Este é um vinculo para a vida toda e sempre estarei envolvido, sem me importar com o que aconteça", acrescentou.
Durante a entrevista, William disse que uma de suas prioridades é tentar erradicar a caça indiscriminada dos animais em perigo de extinção, em especial dos rinocerontes, elefantes e macacos.
"O legado [de conservação na África] é muito desafiador, após os trabalhos de meu avô [príncipe Philip] e meu pai. Minha mãe voltava [da África] com todas estas histórias, cheia de entusiasmo e paixão pelo que havia feito e me sentava, absorvendo tudo. Parece que herdei este entusiasmo e energia infecciosos", destacou William.
O príncipe disse que espera passar este legado para seu filho George, cuja residência no Palácio de Kensington toda será decorada com temas da África.
"Por enquanto, o único legado que quero lhe passar é que durma mais e talvez que não tenha que trocar suas fraldas tantas vezes, mas a medida que crescer estou certo que herdará o bichinho da conservação", finalizou ele.