PF investiga sites que agenciam sexo com garotas da TV
Depois de colher frutos com a chamada megaoperação Harém, que há um ano tenta desmontar uma rede de prostituição que tem em seu portfólio dançarinas de programas de TV e algumas atrizes de filmes pornô nacionais, a PF agora investiga o envolvimento de sites nacionais e estrangeiros, bem como o uso de rede de relacionamentos como o Facebook, no agenciamento de encontros entre garotas e clientes.
O objetivo da operação é identificar quem está por trás do esquema. Uma pessoa se prostituir não é considerado crime. Mas alguém que explora e lucra com o agenciamento dessa prostituição é considerado criminoso.
No mês passado, cerca de 10 pessoas foram indiciadas e processadas por envolvimento no esquema, segundo mostrou com exclusividade reportagem da Folha. Nos primeiros dez dias de junho, segundo <b>Ooops!</b> apurou, outras 20 pessoas já teriam sido identificadas como beneficiárias da exploração de prostituição.
Estão envolvidos nessa nova leva de suspeitos ex-garotas de programa, ex-produtores de TV e pelo menos um policial civil.
A PF chegou a essas pessoas por meio de novos grampos, autorizados pela Justiça, que monitoraram telefones de dançarinas, animadoras de programas de TV e até de parentes delas. Essas moças foram flagradas negociando com terceiros e terceiras programas e encontros com clientes. Dependendo da "fama" da garota, o programa pode custar até R$ 6.000 (por três horas).
Agora o novo alvo são sites de sexo que cobram dos internautas o acesso a seu portfólio de garotas. A polícia desconfia que alguns desses sites viraram a segunda opção de agenciamento, depois que a operação Harem foi deflagrada. Muitos endereços estão hospedados fora do Brasil, em países da Europa Oriental que dificulta a ação policial.
Embora algumas moças relativamente conhecidas do público da TV aberta já tenham sido identificadas como tendo um, digamos, segundo emprego, <b>Ooops!</b> apurou que elas não são o alvo dos policiais -- e sim seus agenciadores. No entanto, elas serão chamadas a depor como testemunhas, mas sob sigilo. A operação foi iniciada no ano passado.
Leitor diz que delay da Sky em Minas chega a 20 seg
Leitor Adilson Amaral diz que é assinante da Sky e que mora em Juiz de Fora, Minas Gerais. Ele se queixa que assistir aos jogos da Copa em alta definição se tornou uma experiência decepcionante porque o atraso na chegada do sinal em relação à TV aberta é de nada menos que 20 segundos.
O leitor protesta. "Fica inviável ver um jogo do Brasil sem parecer algo bastante broxante (já que todos gritarão gol tanto tempo antes dele assisti-lo)", afirma Amaral.
Quem é Legal
"É Brasil Que Não Acaba Mais", na Bandnews
O programa apresentado pelo escritor e pesquisador Marcelo Duarte e Luiz Megale é a prova viva que qualquer veículo, por mais antigo que seja, terá sua sobrevivência preservada enquanto houver conteúdo interessante e de qualidade para o público. "É Brasil Que Não Acaba Mais" resgata a função do velho e bom rádio em meio a uma avalanche de novas tecnologias e plataformas de comunicação.
Quem Irrita
SP Fashion Week no GNT
Este ano em particular a cobertura do canal GNT ao "maior evento de moda do país" está surpreendendo pelo chapa-branquismo. Na passarela não há mau gosto. Nenhum estilista ousou criar algo feio. Há pouco senso crítico: tudo é fantástico, luxuoso, maravilhoso. É "conceito" que não acaba, e sempre a mesma meia dúzia de experts ouvidos. Difícil crer que num universo tão imenso como a moda sejam tão poucos que tenham algo realmente relevante a dizer. A importância do evento é óbvia porque envolve um milionário mercado, história, cultura e comportamento. Ao apenas "festivizar", o GNT desce um degrau importante em sua reconhecida e excelente qualidade de conteúdo.
Ricardo Feltrin
Ricardo Feltrin é colunista do UOL desde 2004. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros cargos.