Sônia Braga pede salário alto, 'mordomias' e assusta a Globo
O único motivo que impediu Sônia Braga de fazer um papel em "Salve Jorge" foi o salário que ela pediu, considerado alto demais para os padrões atuais da emissora. Durante os meses em que ela ficasse no ar, Sônia pediu por volta de R$ 200 mil por mês (cerca de US$ 100 mil). É um valor até certo ponto baixo no mercado norte-americano de seriados. Também é pouco em comparação com o que a Globo paga para alguns medalhões como Tarcísio Meira, Gloria Menezes e Fernanda Montenegro --para ficar só entre aqueles que ficam muito tempo fora do ar.
Mesmo assim, a Globo acha o valor era alto demais, ainda mais somado a "mordomias" que a atriz, de 62 anos, exigiu para interromper sua carreira nos Estados Unidos. Nos últimos três anos, Sonia fez três longas nos EUA e estrelou episódios de seriados como "Brothers & Sisters", "Ghost Whisperer", "Law & Order". Dois anos atrás a veterana atriz, uma das brasileiras mais conhecidas no mundo, também fez participação em "Tapas & Beijos".
Entre as "mordomias" que a atriz exige para fazer novelas estão uma espécie de "auxílio-mudança" (ela teria de trazer muitas coisas dos EUA, onde está radicada) e "auxílio-moradia" --de preferência num hotel cinco estrelas.
Em outras palavras: quem quer uma estrela de primeira grandeza, tem de pagar por isso. Inclusive a Globo.
Cabe lembrar que Sônia foi assediada pela Record também nos últimos anos. Sua pedida financeira também assustou a emissora.
QUEM É LEGAL
"Honey Boo Boo", do Travel & Living Channel
Ok, o reality não dá nenhum exemplo de como alimentar crianças e uma família ("faz tempo que não coloco carne de nenhum animal atropelado na minha barriga", lamenta a pobre Alana, 6 anos, que surgiu para a fama no grotesco reality Pequenas Misses"), mas só a dublagem em português, que inventou um sotaque para a família da Georgia que estrela o programa, já faz o telespectador rolar de rir.
QUEM IRRITA
"NY Ink", no Travel & Living Channel
Só tem uma coisa mais besta que um reality que se passa numa loja de tatuagem. Um reality que se passa numa loja de tatuagem onde quase todo mundo é estúpido, grosseiro e desrespeitoso com os colegas. Quando um programa mostra cenas de pugilato real entre patrão e empregado é porque o conteúdo está no fundo do poço. Só falta alguém jogar uma pá para continuarem cavando.
Ricardo Feltrin
Ricardo Feltrin é colunista do UOL desde 2004. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros cargos.