Pela 1ª vez, Renascer vende horário para outras igrejas

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin

Colunista do UOL

Numa atitude inédita, em se tratando de TVs e religiões, a Renascer, igreja fundada pelo casal Estevão e Sonia Hernandez, está vendendo horários para outras denominações evangélicas, como a Assembleia de Deus e a Igreja Kyrios. A Renascer está comercializando a grade de seu canal Gospel, UHF.

A maior parte da programação do Gospel, porém, continua destinada a divulgar a Igreja Renascer. Entre os principais programas estão "De Bem com a Vida", "Clipe Gospel", "Escola de Profetas" etc.

Em 2007, os fundadores da Renascer foram presos em um aeroporto de Miami, flagrados com cerca de US$ 60 mil escondidos e não declarados. Condenados após assumirem a culpa, Estevão e Sonia passaram a cumprir penas entre 2008 e 2009. Parte da pena foi em prisão domiciliar.

Durante o período, grande parte dos templos da Renascer acabaram sendo fechados, mas o casal continuou à frente da rede de comunicações que havia montado no Brasil.

Este ano, o casal também cedeu gentilmente o palco da Marcha para Jesus, em São Paulo, espaço para outros líderes evangélicos, entre outros, o popular e polêmico pastor Silas Malafaia. A marcha reuniu mais de 1 milhão de pessoas em São Paulo. Realizada anualmente, se tornou uma grande vitrine (inclusive política) para os líderes evangélicos.

QUEM É LEGAL
"Monster of Rock" no Multishow
Muito boa a equalização de som do festival "Monster of Rock" exibido no Multishow no final de semana. Com exceção do baixo em algumas bandas, escondido, como ocorreu com o Slipknot, o som transmitido pelo canal estava impecável --especialmente dos vocais. Muito difícil e raro ouvir uma boa equalização sonora em se tratando de TVs --abertas ou pagas. Ainda mais em shows ao vivo. Mas o pessoal técnico doMultishow está de parabéns.

QUEM IRRITA
Indústrias do filme e da música

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  • http://musica.uol.com.br/enquetes/2013/10/15/voce-compraria-cds-se-houvesse-reducao-de-precos.js

Esta coluna sempre combateu a pirataria, mas entende perfeitamente que muita gente baixa filmes e músicas ilegalmente graças à ganância das indústrias cinematográficas e da música. Pagar R$ 27 para ver 90 minutos de um filme comum (não 3D) no cinema? Pagar R$ 38 por um CD nacional de música? Desculpem, senhores, mas quem vocês pensam que são? A última fatia de goiabada do Romeu e Julieta do entretenimento? Continuem ganaciosos assim e verão inclusive pessoas que antes eram contrárias à pirataria passarem a apoiá-la.
 

 

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin é colunista do UOL desde 2004. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros cargos.

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