Record libera Xuxa de se preocupar com ibope

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin

Xuxa Meneghel reaparece esta noite à frente de um programa de TV, um ano e oito meses após ser afastada do vídeo pela Globo. Sua nova casa, a Record, a liberou de ter qualquer preocupação com ibope, pelo menos nos primeiros meses.

Isso porque a direção da emissora quer que Xuxa se concentre apenas no programa, que vai representar, na prática, sua transição do público infantil para o adulto.

Se Xuxa fizer essa transição de forma positiva isso já será uma grande vitória, garantiram fontes da emissora a esta coluna.

Apesar da aparente minimização de importância em relação a audiência, a Record não "reclamaria" se Xuxa alcançasse pelo menos dois dígitos na estreia. Se não de média de ibope, ao menos de pico.

Por outro lado, outro motivo para que a Record "libere" Xuxa de se importar com ibope se deve ao fato de a contratação da apresentadora ter levado novos anunciantes para a emissora, mesmo antes da estreia.

Muitos desses contratos publicitários estão sendo assinados por um período de um ano. Ou seja, em teoria Xuxa já teria um ano de presença garantida na tela da Record.

O contrato de Xuxa, 52, com a emissora é de três anos.

Xuxa queria reestrear na TV esta noite em ritmo de "arrasa quarteirão", mas sua produção sofreu bastante para atrair convidados de peso.

Muitos artistas foram orientados por funcionários ou emissários da Globo a não aceitarem convites de Xuxa --sob pena de serem banidos de todos os programas da Globo.

Artistas da Som Livre, gravadora da Globo, também estão sendo orientados a não comparecer ao novo programa da Record.

Xuxa trabalhou na Globo por quase 30 anos.

A maior preocupação desta noite, na verdade, é com a área técnica. Será o primeiro programa ao vivo produzido e transmitido diretamente dos estúdios RecNov, no Rio, para o Brasil inteiro.

A Record já fez transmissões de lá no passado, mas apenas em uns poucos debates eleitorais. 

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin é colunista do UOL desde 2004. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros cargos.

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