O mal vence em "Tropa de Elite 2"

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin

Atenção, leitores. Este texto não é um "spoiler" -nome que se dá quando um texto traz informações que antecipam o desfecho de um seriado ou filme. Mesmo assim ele traz algumas revelações dos bastidores e do roteiro do longa-metragem "Tropa de Elite 2", que está sendo rodado no Rio. Se você não quiser saber informação nenhuma sobre a continuação desse filme, então é melhor parar aqui.

Hein? Decidiu continuar? Bom, então depois não reclame...


A continuação do filme de José Padilha, um dos maiores fenômenos da história do cinema nacional, já está sendo gravada no Rio. Em fevereiro, as gravações foram interrompidas e voltam agora, até o desfecho.

Ooops! obteve informações exclusivas sobre o roteiro. Nesta continuação, dizer que o mal vai vencer é correto. O problema é que o mal não vai vencer o bem, já que na história não existe de fato entre bem e mal, mas entre o "mal" e o "pior ainda".

O filme promete causar polêmica, entre outros motivos, porque vai ficar difícil ao espectador distinguir, a certa altura, se há alguém que realmente preste na história, e que mereça um final, digamos, feliz. Pessoas em contato com as gravações acreditam que "Tropa de Elite 2" tem tanto ou mais potencial que o primeiro longa, tanto para atrair público como conquistar prêmios.

O novo filme de Padilha, grosso modo, mistura num mesmo saco os traficantes, os policiais, os políticos e parte da própria sociedade civil, de forma que não haverá o tradicional maniqueísmo, lugar comum no cinema, da luta do bem contra o mal. Isso, o não-maniqueísmo, já havia ocorrido em menor escala com o capitão Nascimento (Wagner Moura) no primeiro longa. Agora esse viés vai se aprodundar.

 
Canais Fox fazem campanha contra operadora anônima

Os canais da Fox estão em guerra contra um inimigo, uma operadora que não estaria facilitando a renovação nos termos que o canal pretende. E o Fox lançou na semana passada uma campanha para tentar mobilizar dezenas de milhares de telespectadores a reclamar com a operadora teimosa.

Só há um problema: o Fox não diz qual é essa operadora. Em um manifesto na internet, o canal optou pelo mistério. Lá na página está assim:

 "Os canais do grupo FOX (Canal FOX, NatGeo, Canal FX, Studio Universal, Fox Life, Sci-Fi, Speed, Fox News, Fox HD e NatGeo HD) estão disponíveis em toda América Latina através de mais de 1.000 distribuidores. Lamentavelmente não foi possível entrar em acordo com um desses distribuidores apesar das nossas repetidas tentativas e prorrogação de prazos."

 Então o canal convida os assinantes a ter mais trabalho ainda, gastar dinheiro e perder tempo ligando para a operadora imaginária, para reclamar:

 "Se você perdeu os canais mencionados acima, recomendamos que você ligue para a sua operadora de TV por assinatura e exija que eles voltem a transmitir os canais o mais breve possível."

Mas quem é o gênio de marketing por trás dessa campanha?

Quem é Legal

Luciana, de "Viver a Vida"

Alinne Moraes construiu um personagem delicado, verossímil e por vezes emocionante, em "Viver a Vida", de Manoel Carlos. A atuação como Luciana vai ser lembrada por muito tempo, e é também um tremendo "upgrade" no currículo de Alinne, bela e talentosa atriz.

Quem Irrita

Blog da Luciana de "Viver a Vida"

Mais que algo irritante, acreditamos que é, na verdade, um erro da Globo criar o Blog de Luciana, personagem de Alinne Morais que ficou cadeirante após acidente, e não informar em nenhum lugar visível do blog que aquilo é uma peça de ficção, um prolongamento da novela e que não deve ser levado a sério.

Isso porque, creiam, há milhares de pessoas que estão acessando o site e que acreditam piamente que a personagem existe, e de fato está sofrendo. Além de erro da Globo, é também um desserviço para com os blogs de portadores de necessidades especiais, que a duríssimas penas têm tentado levar sua mensagem e suas batalhas na sociedade no mundo real. O blog nos parece meio alienado e alienante.
 

 

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin é colunista do UOL desde 2004. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros cargos.

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