Violência no Rio

Violência faz TVs suspenderem gravações externas no Rio de Janeiro

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin

A violência que se espalha pelo Rio de Janeiro desde o final de semana fez as TVs suspenderem as gravações de cenas externas na cidade. A justificativa: impedir que apresentadores, câmeras e produtores virem alvos de criminosos, sequiosos para chamar atenção ao máximo.
 
Produções da Rede TV!, Record e Globo já foram orientadas a não fazer gravações nem sequer na orla carioca enquanto a situação não se normalizar. A decisão só vale para programas e quadros não jornalísticos. Já repórteres e cinegrafistas só saem em cobertura usando coletes à prova de bala.
 
A nova onda de violência no Rio de Janeiro começou no final de semana em, aparentemente, uma reação dos traficantes de drogas e outros criminosos ao aumento da presença policial em morros e favelas. A guerra contra o tráfico já matou mais de 30 pessoas desde domingo. Os criminosos incendiaram mais de 50 veículos, entre ônibus, vans e carros de passeio.
 
O policiamento nas ruas foi reforçado, e Secretaria da Segurança do Estado decretou estado de alerta em toda a corporação.

"Pânico" é hostilizado em praia

Horas antes de a violência explodir, no último final de semana, uma equipe do programa "Pânico na TV" gravava quadros na praia de Ipanema, zona sul, quando quase sofreu agressão de banhistas.
 
A equipe entrevistava e brincava com pessoas na praia, seguida por uma multidão de seguranças e fãs. A determinada altura, os humoristas estavam "zoando" um jovem que, aparentemente, estava alcoolizado, quando alguns banhistas interferiram e fizeram a gravação parar.
 
Irritados, esse banhistas passaram a xingar os humoristas, dizendo que eles estavam "humilhando" o jovem. "Ajudar o cara vocês não querem, então não vão gravar mais porra nenhuma", disse um banhista, que abraçou o entrevistado e o afastou da equipe. A cena foi gravada até aí.
 
Outro banhista, também exaltado, passou a usar palavrões contra os humoristas. Os seguranças tiveram de intervir, afastando e levando a equipe para outra praia. A coluna <b>Ooops!</b> presenciou todo o entrevero.
 
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Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin é colunista do UOL desde 2004. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros cargos.

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