As apresentadoras Hebe Camargo e Luciana Gimenez, da Rede TV, devem ficar cada uma com uma noite por semana na RedeTV! A emissora vai reduzir o número de edições do "Superpop" para acomodar Hebe na grade. O objetivo é impedir a chamada "sobreposição comercial".

Como o perfil e a faixa horária de ambos os programas são os mesmos, a emissora quer evitar que eles se canibalizem comercialmente.

Hebe surgiu pela primeira vez na RedeTV! no último sábado de madrugada, nas comemorações da passagem de ano. Ela deixou o SBT um dia antes, após 25 anos de trabalho.

RedeTV! sofre assédio no mercado e especulação de venda

Provavelmente a emissora que registrou o maior crescimento percentual em faturamento no ano de 2010, cerca de 30%, a RedeTV! se tornou alvo de grupos nacionais e estrangeiros, interessados em adquirir até 30% de seu capital (teto no caso de empresas internacionais).

Segundo Ooops! apurou, pelo menos três grandes grupos econômicos fizeram propostas financeiras aos sócios-proprietários da emissora somente em 2010. Nenhuma foi aceita. A estimativa do mercado varia, mas acredita-se que 30% da RedeTV! valham hoje, no mínimo, de 500 a 600 milhões de reais.

Boatos e rumores

Outra consequência que a emissora enfrentou nas últimas semanas foram boatos de que os proprietários, Amilcare Dallevo e Marcelo Carvalho, estariam rompidos. o que, segundo este programa apurou (nas últimas duas semanas), não ocorreu. Sócios há pelo menos 20 anos, Carvalho e Dallevo vão manter a composição acionária como está --a menos, claro, que surja uma oferta realmente tentadora.

No plano operacional, os dois sócios mantêm a mesma divisão de tarefas acordada já na fundação da RedeTV!, em 99: o presidente, Dallevo, engenheiro elétrico especializado em sistemas e softwares, é responsável por toda a infraestrutura técnica e de tecnologia da emissora.

Já Carvalho, um ex-diretor da Globo especializado em vendas e merchandising, segue responsável pela gestão comercial da casa.

O que é Legal

Os octagenários da TV aberta: Hebe Camargo, Inezita Barroso, Silvio Santos.

Três lendas da TV aberta, três exemplos de resistência, superação e mesmo de um pouco de teimosia em fazer o que acham certo. Nenhuma desses três ícones jamais fez concessões ou alterou seu estilo por pressão de diretores ou devido a críticas da imprensa. Concorde-se ou não com suas opiniões, o formato de seus programas ou seu conteúdo, temos de admiti-los como os artistas mais autênticos, e por isso mesmo mais copiados, que temos no ar.

O que irrita

A crise no Dream Theater

Talvez o mais espetacular baterista vivo enfrenta o pior momento de sua vida profissional desde setembro do ano passado. Primeiro sugeriu que a banda que fundou, a Dream Theater, desse um tempo. Como teve a sugestão rejeitada pelos demais membros, acabou saindo do grupo, magoado. Nem três meses se passaram e Portnoy se arrependeu e tentou voltar à DT, mas esta já lhe tinha fechado as portas, por meio de um advogado. A banda decidiu escolher outro baterista.

Quanto aos fãs mundo afora, pouco podemos saber das reais circunstâncias de todo o caso, bem como detalhes sobre a convivência entre os cinco atuais integrantes, juntos desde 1999 (e três deles juntos desde 85).

Para os fãs restam as versões parciais e individuais.

Para os fãs resta somente decepção e tristeza.

Sejamos convincentes: você chamaria de Beatles se eles se apresentassem sem McCartney? Você pagaria para ver os Stones, se o vocalista não fosse Jagger? Você ficaria ansioso pelo novo CD do AC/DC se soubesse que o Angus não estava mais na banda?

Pois é exatamente essa a situação do Dream Theater sem Portnoy.

Grupos como esses, que chegam a tal nível de criação, e por tanto tempo encantam ouvidos e olhos com suas apresentações pelo mundo, estão condenados a ter um espírito único. Não é possível mudar isso.

Portnoy é desagradável? Chato? "Bossie"? Metido? Gordo? Barba azul? Provavelmente, sim. Mas é também é fundador, criador, músico perfeccionista e genial, e também co-autor dos maiores sucessos da história do grupo. Sem Portnoy, desculpem, mas não é mais Dream Theater.

O programa/coluna de hoje termina com "The Root Of All Evil", cuja letra --cantada em dueto por Portnoy-- coincidentemente diz: "Humilhação agora minha única esperança, você não vai tirar tudo de mim, curar essa alma moribunda?" ("Humility now my only hope, Won"t you take all of me, Heal this dying soul")