Depois de Justus, Record também tenta tirar autor do SBT

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin

Colunista do UOL

A rescisão do contrato do apresentador Roberto Justus com o SBT e sua volta à Record, pode ser só a primeira de uma nova onda de assédio desta emissora a seus ex-contratados. A Record também já sinalizou ao novelista Tiago Santiago que gostaria de tê-lo de volta --mas só se Silvio Santos abrir mão da multa de rescisão, como fez com Justus.

Procurado pela coluna, Santiago disse que pretende cumprir seu contrato com o SBT (2016). No momento, sua novela, "Amor e Revolução", tem dados números decepcionantes no ibope, por vezes abaixo de 4 pontos.

Em mais de uma ocasião a novela sofreu interferência direta de Silvio Santos ou da direção do SBT, que, entre outras coisas, proibiu um beijo gay entre dois atores e exigiu que a novela parasse de falar em política.

A Record, por sua vez, tem torcido com fé no fracasso do projeto dramatúrgico de Silvio Santos para retomar artistas e profissionais técnicos.

Santiago, 48, assinou com o SBT em 2009, durante a primeira "guerra" entre a TV de Silvio Santos e a do bispo Edir Macedo. Naquele ano as duas empresas se engalfinharam na luta para tirar o maior número de profissionais da outra. Especula-se que a folha de pagamentos do SBT cresceu mais de 25% em apenas uma semana de "guerra". A folha de pagamentos da Record, que já era gigantesca, só fez crescer. O caso teve lances de "maldade" dos dois lados.

Publicitário, empresário, cantor e showman, Justus, 56, ficou por três anos no SBT, onde comandou programas como o "1 contra 100" e o "Topa ou Não Topa". cujos horários sofreram várias mudanças.

Quem é legal

"Cordel Encantado", pela terceira vez

Única novela da história a ganhar três vezes esta menção edificante semanal. Espetacular fábula nacional. Certamente vai fazer sucesso em homevídeo, em "Vale a Pena ver De Novo" e em outros países.

Quem irrita

Fala o leitor Italo Migotto: "Peço sua ajuda para obter resposta da Net sobre o inconstante volume de seus canais. Vejo muita TV de madrugada e fica absolutamente impossível assistir sem o controle remoto na mão, tendo que, a cada minuto, ajustar o volume. Ora está muito baixo ora (principalmente nos intervalos) ele sobe demais. E isso num mesmo canal, durante um mesmo programa, sem contar as grandes diferenças que existem também entre os diferentes canais. Será que é muito dificil pra eles padronizar isso ou pelo menos nos dar uma resposta clara sobre o motivo disso acontecer?

Fala o leitor Paulo Ricardo Ferreira: "Sobre sua crítica aos canais Fox, FX e Telecines, concordo. Ambos os casos são insuportáveis, mas o pior é o Warner, que irrita qualquer pessoa com seus intervalos, que seguem um esquema interessante. Abertura do seriado. Intervalo. Programa começa, mais sete minutos e intervalo. Quatro minutos de intervalo, mais sete minutos de seriado, intervalo. Os canais deveriam seguir o Exemplo da HBO e ter intervalos somente entre programas, de fato justificando a nomenclatura (Intervalo de Programação). Posso decidir se quero ou não ver, uma vez que o programa passa inteiro e sem interrupções.

Outrossim, Parabéns pelo programa. Muito bom, vejo toda semana.

Abraço.

Paulo Ricardo Ferreira

Rádio UnC FM - 100.5

 

Ricardo Feltrin

Ricardo Feltrin é colunista do UOL desde 2004. Trabalhou por 21 anos no Grupo Folha, como repórter, editor e secretário de Redação, entre outros cargos.

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