Saiba o que aconteceu na primeira semana do julgamento do médico de Michael Jackson

Da Redação

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    Conrad Murray é acusado de homicídio culposo (quando se mata sem a intenção) de Michael Jackson; se condenado, pode pegar até 4 anos de prisão

    Conrad Murray é acusado de homicídio culposo (quando se mata sem a intenção) de Michael Jackson; se condenado, pode pegar até 4 anos de prisão

O julgamento de Conrad Murray, médico acusado de homicídio culposo (aquele em que se mata sem intenção) de seu paciente Michael Jackson, entrará em seu oitavo dia nesta quinta-feira (06). Durante a primeira semana, diversas testemunhas passaram pelo tribunal, e fatos importantes foram revelados. Confira alguns pontos-chave:

Acusação: A promotoria, formada por Dave Walgren e Deborah Brazil, acusa o Dr. Conrad Murray de ter sido negligente e irresponsável ao dar uma alta dose de Propofol, anestésico de uso hospitalar, para Michael Jackson e em seguida deixar o quarto do cantor e abandoná-lo por tempo suficiente para que o cantor tivesse uma parada cardiorrespiratória. Se for condenado, Murray pode pegar até quatro anos de prisão e terá sua licença médica cassada.

Defesa :A defesa alega que Michael Jackson, supostamente viciado em remédios para dormir, provocou a própria morte ao tomar pílulas de Lorazepam e se autoinjetar uma alta dosagem de Propofol, que levou à sua morte imediata. Os advogados liderados por Ed Chernoff ainda dizem que Conrad Murray só se sentiu seguro para deixar o quarto porque já havia administrado uma pequena dose de Propofol a Jackson.

Amigo estava mal: O primeiro a testemunhar foi Kenny Ortega, coreógrafo e amigo de Jackson. Ortega disse que, em datas próximas ao dia de sua morte, Michael Jackson estava alterado, diferente, "mal". Entretanto, às vésperas do dia 25 de junho, quando morreu, Jackson estava "cheio de energia".

Depoimento no primeiro dia

Meu amigo não estava bem, tinha algo de errado [com ele] que me incomodou profundamente

Kenny Ortega, diretor e coreógrafo da turnê de Michael Jackson

Equipamento de ressuscitação: Segundo a advogada da AEG Live, Kathy Jorrie, produtora dos shows da turnê de Michael Jackson e redatora do contrato de Murray, o médico havia solicitado um aparelho portátil de ressuscitação cardiorrespiratória para o artista.

Contrato fantasma: De acordo com Kathy Jorrie, a versão final do contrato de prestação de serviços de Conrad Murray só ficou pronta no dia 24 de junho, véspera da morte de Michael Jackson, e seria retroativo. No entanto, Michael nunca assinou o tal contrato, que não teria validade legal.

Ocultação de provas: No segundo e no terceiro dias de julgamento, dois seguranças do cantor deram suas versões sobre o dia em que Michael morreu. Alberto Alvarez contou que foi instruído a retirar e esconder frascos de remédios - entre eles o Propofol - do quarto de Michael Jackson antes de ligar para a emergência. O fato foi confirmado pelo paramédico Martin Blout.

Poderia ter sido salvo: O paramédico Richard Senneff, que atendeu Michael Jackson depois que o resgate foi chamado, disse que o cantor poderia ter sido salvo se o resgate tivesse sido chamado antes.

"Era tarde demais para salvá-lo"

  • Mario Anzuoni/AP

    Cardiologista do Centro Médico de UCLA Thao Nguyen diz que não havia nenhuma chance de salvar Michael Jackson

Não falou de Propofol: A médica Rachelle Cooper, do Centro Médico de UCLA, hospital para onde Michael Jackson foi levado, afirmou que Conrad Murray não mencionou que havia dado Propofol a seu paciente.

"Tarde demais": A cardiologista Thao Nguyen, também do hospital de UCLA, disse que era "tarde demais" para ressuscitar Michael Jackson assim que ele chegou ao Centro Médico, e que tentou de todas as formas mesmo após o tempo padrão, pois Murray estava "desesperado".

Propofol para a casa de ex: O farmacêutico Tim Lopez testemunhou dizendo que enviou Propofol em larga escala para o endereço de Nicole Alvarez, ex-namorada de Murray que confirmou ter recebido os pacotes. Nicole ainda caiu em contradição ao dizer que não sabia os detalhes do contrato de Murray com a AEG. Em 2009, em outro depoimento, ela disse saber destes detalhes, como o salário de US$ 150 mil por mês.

Do celular de Conrad: O especialista em computadores Stevehn Marx, do Drug Enforcement Administration (DEA, o departamento de narcóticos americano), confirmou que algumas informações retiradas do Iphone de Conrad eram verdadeiras. Em um dos e-mails, o médico afirmou que Michael estaria doente, e em outra mensagem, uma funcionária de Murray deu a entender que o réu pedia exames e receitava remédios ao cantor por meio de nomes diferentes ou até falsos.

Propofol no chão: A legista Elissa Fleak, primeira a atender o caso e autora da foto de Jackson morto, confirmou que no quarto do cantor foi encontrado um frasco de propofol no chão, além de dezenas de frascos do mesmo remédio e outras drogas, como lidocaína, clorazepam, benoquin e florazepam.

 

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